Zhang Yongze "usou as suas antigas posições e poder para beneficiar outros" na obtenção de contratos governamentais e promoções, "aceitando em troca grandes quantias de dinheiro", avançou a agência noticiosa oficial Xinhua, que cita a acusação.
O caso de Zhang está a ser tratado por promotores e tribunais da província de Shaanxi, de acordo com a prática de transferir casos para outras regiões, quando estão envolvidas autoridades de alto nível e acusações graves.
O Tibete tem abundância de riqueza mineral e é administrado como um Estado policial, visando travar potenciais movimentos separatistas entre a população nativa, que é étnica, linguística e culturalmente distinta dos han, a etnia predominante na China.
Protestos abalaram a região em 2008, contra o domínio do Partido Comunista e monopolização das oportunidades económicas por empresários e trabalhadores han, oriundos de outras partes da China. As forças de segurança esmagaram impiedosamente os protestos, com um número desconhecido de pessoas a serem presas ou executadas.
Na quarta-feira, um ex-responsável pelo combate à corrupção na China foi também indiciado por acusações de suborno. A acusação a Liu Yanping, que chefiou a filial do Ministério de Segurança do Estado da Comissão Central de Inspeção e Disciplina do PCC, está a ser encarada como mais um lembrete da promessa de Xi Jinping de combater a corrupção em todos os níveis de poder.
Na semana passada, o ex-vice-ministro da Segurança Pública Sun Lijun foi condenado à pena de morte com uma suspensão de dois anos por acusações de manipular o mercado de ações, aceitar subornos e outros crimes. O caso envolveu pelo menos dois ex-funcionários do ministério.
Desde que assumiu a liderança do PCC, em 2012, Xi Jinping lançou uma vasta campanha anticorrupção, que resultou na punição de altos cargos do partido, líderes de empresas e organizações públicas, ou oficiais superiores do exército.
Críticos dizem que a campanha serviu para remover rivais políticos de Xi e forçar a vasta burocracia chinesa a seguir as suas diretrizes.
O 20.º Congresso do PCC, que decorre em outubro, deve atribuir a Xi Jinping um terceiro mandato de cinco anos como secretário-geral, rompendo com a tradição política das últimas décadas no país.
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