"UE nunca reconhecerá referendos ilegais e o seu resultado falsificado"

Borrell acusou a Rússia de querer “mudar as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia pela força, em clara e grave violação da Carta das Nações Unidas”.

Josep Borrell, UE,

© Thierry Monasse/Getty Images

Notícias ao Minuto
28/09/2022 22:58 ‧ 28/09/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Josep Borrell

O alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, afirmou, esta quarta-feira, que os 27 Estados-membros não “reconhecem e nunca reconhecerão” os resultados “falsificados” dos referendos "ilegais" realizados nas regiões de Kherson, Zaporíjia, Donetsk e Lugansk sobre uma anexação pela Rússia.

“A UE não reconhece e nunca reconhecerá estes 'referendos' ilegais e o seu resultado falsificado, nem qualquer decisão tomada com base neste resultado, e insta todos os membros da ONU a fazerem o mesmo”, disse Borrell numa declaração em nome dos 27.

O responsável acusou ainda a Rússia de querer “mudar as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia pela força, em clara e grave violação da Carta das Nações Unidas”. “O resultado é nulo e não pode produzir qualquer efeito legal”, frisou.

Os referendos, acrescentou Borrell, “não têm legitimidade e violam de forma flagrante o direito internacional e as obrigações internacionais da Rússia”.

Os referendos sobre a anexação pela Rússia realizaram-se entre os dias 23 e 27 de setembro nas regiões ocupadas de Zaporíjia, Kherson, Lugansk e Donetsk. Na terça-feira, as autoridades pró-russas reivindicaram uma vitória do “sim” nas regiões de Zaporíjia, Kherson e Lugansk e aguardam-se os resultados de Donetsk.

De acordo com as contagens, após a contagem de todos os votos, 93,11% dos cidadãos de Zaporíjia votaram a favor da anexação à Rússia, enquanto em Kherson a percentagem foi de 87,05%.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e nove mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: UE propõe sanções a responsáveis pró-russos de regiões ocupadas

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