Fana, o membro mais antigo de uma tribo de chimpanzés, famosa pelo seu notável uso de ferramentas, morreu aos 71 anos, na aldeia de Bossou, no sudeste da Guiné.
A tribo a que Fana pertencia é conhecida por utilizar martelos de pedra para as suas atividades diárias, como rachar nozes, passando os conhecimentos de geração em geração.
A fêmea chimpanzé, nascida em 1951, tinha já mostrado sinais de esgotamento ao longo dos últimos meses realizados, relata o UK News citando um especialista da vida selvagem e meio ambiente.
Como a sua mobilidade foi ficando cada vez mais reduzida, Fana viva sozinha, longe da comunidade de macacos. O seu corpo foi encontrado a 19 de setembro e enterrado no dia seguinte na presença de aldeões locais.
Esta comunidade de macacos, que vive na natureza, distingue-se pelo ato mais sofisticado alguma vez observado do parente geneticamente mais próximo da humanidade, caraterística que fez com que os animais se aproximassem da população da aldeia, partilhando assim o território e os recursos com os habitantes locais, que os protegem, acreditando que são antepassados reencarnados.
A morte de Fana reduz o número de chimpanzés Bossou a apenas seis ou sete, metade dos quais são fêmeas e duas já não conseguem reproduzir-se.
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