O líder separatista da região de Lugansk, Leonid Pasechnik, pediu, esta quarta-feira, ao presidente russo para que o território em causa fosse anexado. Mais tarde, foi a vez do líder da região do Donetsk, Denis Pushilin, e do governador imposto pela Rússia em Kherson, Kirill Stremousov, também fazerem o mesmo pedido.
De acordo com Pasechnik, citado pela agência Reuters, tendo em conta o facto de que a população aprovou o referendo, pede a Putin que "considere a questão da República Popular de Lugansk tornar-se parte da Rússia como súbdito da Federação".
Por Donetsk quem fala é Denis Pushilin, que, segundo a agência estatal russa RIA, refere que após os procedimentos necessários na Duma russa e no Conselho da Federação, “é tudo, oficialmente somos parte da Rússia. E então – criação, desenvolvimento e, claro, tudo isso se cruza com nossa vitória. Nós realmente precisamos disto – uma vitória comum”.
Já o governador de Kherson, Kirill Stremousov, foi mais longe e no seu canal Telegram elaborou todo um vídeo de elogio ao referendo e à administração russa.
"A 24 de fevereiro, começamos a nossa jornada de pessoas livres. Fomos capazes de a suportar e obter resultados. Agora que estamos livres dos grilhões da escravidão e da democracia sem princípios, podemos construir nosso futuro na nossa própria língua sem nos preocuparmos com o futuro de nossos filhos", refere.
E agradeceu ainda a todos os seus cidadãos, dizendo que "tudo vai ficar bem" porque "a região de Kherson agora será Rússia".
Recorde-se que de acordo com autoridades eleitorais instaladas pela Rússia nas quatro regiões, 93,11% dos cidadãos de Zaporíjia votaram a favor da anexação à Rússia, após a contagem de 100% dos boletins de voto.
Na região de Kherson, a administração de Moscovo informou que 87,05% dos eleitores votaram a favor do "sim" à anexação, tendo sido também contados todos os votos.
Pouco depois, as autoridades em Lugansk também anunciaram a vitória do "sim", enquanto a contagem na quarta região ucraniana onde também se realizou um "referendo", Donetsk, continua, apesar de as autoridades já terem anunciado que "o sim prevaleceu largamente".
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