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Residentes na Flórida preparam-se para a chegada do furacão Ian

Em 2017, o Ian deixou um rasto de destruição no Porto Rico que ainda hoje tormenta o país. Antecipando o pior, a Flórida aguarda com receio o impacto das tempestades.

Notícias ao Minuto

09:25 - 27/09/22 por Notícias ao Minuto

Mundo furacão Ian

As Caraíbas ainda estão a ressentir-se com a passagem do furacão Fiona, especialmente no Porto Rico, mas um novo grande fenómeno natural está a atravessar a região. No final de segunda-feira, o Serviço Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) declarou que o furacão Ian deve atingir a costa da Flórida, no sul dos Estados Unidos, na madrugada de terça para quarta-feira.

O governador republicano Ron DeSantis já declarou o estado de emergência, depois das autoridades meteorológicas norte-americanas terem previsto que o Ian pode chegar ao estado como um furacão de categoria 4, com ventos superiores a 240 quilómetros por hora.

Até quarta-feira, o Ian vai passar por Cuba, onde o NHC afirma que serão registadas "tempestades fatais, ventos fortes, rápidas inundações e deslizamentos de terras".

Na passagem pela Flórida, a zona mais em risco é a baía de Tampa, na costa oeste do estado, nas águas do Golfo do México.

"A chuva intensa vai aumentar ao longo da Flórida na terça-feira, espalhando-se pelo centro e norte do estado na quarta-feira e na quinta-feira, e pelo sudeste na sexta-feira e sábado, causando potencialmente inundações rápidas em zonas urbanas", avisa ainda o serviço. O nível da água deverá aumentar cerca de quatro metros.

As autoridades avisaram a população para se preparar para o furacão, que deverá causar fortes estragos nas residências e nas zonas urbanas da Flórida. Em imagens captadas pela AFP, é possível ver o açambarcamento de meios essenciais em supermercados, que ficaram com as prateleiras praticamente vazias. Mesmo nas lojas de bricolage, a venda de tábuas de madeiras e de materiais de construção aumentou exponencialmente, à medida que os residentes taparam as janelas das casas e colocaram sacos de areia para evitar o pior.

No Golfo do México, onde existem várias explorações petrolíferas de alta profundidade, as empresas retiraram os trabalhadores das plataformas, e os aeroportos a costa oeste vão ser encerrados.

Em 2017, o Ian passou pelo Porto Rico, deixando um rasto de destruição que ainda hoje se faz sentir. Os danos provocados pelo furacão, altamente desvalorizados pelo então presidente Donald Trump (o Porto Rico pertence aos Estados Unidos, apesar de não ter qualquer representação parlamentar em território continental), registaram-se com especial enfoque no fornecimento de eletricidade, e uma grande parte da população da ilha assiste a falhas de luz diárias.

Na passagem do furacão Fiona, no início deste mês, o Porto Rico foi novamente assolado por fortes inundações e deslizamento de terras, mas a ilha teve dificuldades em preparar-se melhor por ainda estar a recuperar do fenómeno de há cinco anos.

Leia Também: Tempestade Ian vai tornar-se num grande furacão na passagem por Cuba

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