Suécia avança para a formação de um Governo de coligação de direita
A Suécia deu hoje mais um passo para a formação de um novo Governo, com a eleição do conservador Andreas Norlén como presidente do Parlamento, duas semanas após as eleições legislativas ganhas por uma coligação de direita.
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Mundo Suécia
Norlén, que já tinha presidido ao Parlamento na mais recente legislatura, foi eleito na véspera da sessão inaugural do novo Parlamento, em que a direita passa a ter a maioria dos lugares, 176 contra 173 da coligação de centro-esquerda da primeira-ministra interina, a social-democrata Magdalena Andersson.
Os quatro partidos da coligação de direita -- que integra o Partido Moderado (conservador), o Partido dos Democratas Suecos (extrema-direita), democratas-cristãos e liberais - estão a negociar um pacto governamental.
"Tudo está correr muito bem. Estamos a avançar passo-a-passo", disse hoje o líder conservador, Ulf Kristersson.
Kristersson recebeu na passada semana a tarefa de dirigir as negociações para a formação de um novo Governo, depois de Norlén ter reunido com todos os líderes políticos e ter recebido o apoio da maioria.
O Partido Moderado de Kristersson recebeu o terceiro maior número de votos, com 19,1%, atrás dos social-democratas (30,3%) e do partido Democratas Suecos (20,5%).
Os democratas suecos - com raízes neonazis, na sua fundação, no final dos anos 1980 - foi submetido a um "cordão sanitário" pelo resto das forças partidárias desde que chegou ao Parlamento, em 2010, o que explica a razão pela qual os social-democratas governaram em minoria durante as duas últimas legislaturas, apesar de haver uma maioria de direita no Parlamento.
Conservadores, democratas-cristãos e liberais, no entanto, decidiram romper esse "cordão sanitário" e concordaram em associar-se aos democratas suecos, embora rejeitem a sua entrada no Governo, uma exigência que a força de extrema-direita parece aceitar em troca de influência política.
Kristersson não esclareceu quais os partidos que farão parte de um eventual Governo, mas os 'media' suecos especulam que a solução pode passar um executivo minoritário que integre conservadores e democratas-cristãos, apoiados no Parlamento por liberais e extremistas radicais.
Neste cenário, o partido Democratas Suecos ficará com a segunda vice-presidência do Parlamento, bem como com oito presidências ou vice-presidências em diferentes comissões parlamentares.
"Tivemos uma negociação conjunta sobre a presidência do Parlamento e das comissões. O Democratas Suecos é um partido importante na atividade parlamentar. Um futuro Governo precisará de negociar muitas coisas com eles", explicou Kristersson.
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