Milhares de pessoas continuam a reunir-se em Tóquio, no Japão, contra o plano do governo de realizar um funeral de Estado para Shinzo Abe, assassinado no passado mês de julho durante um comício. Em causa está o facto de esta cerimónia ir custar cerca de 1,2 mil milhões de ienes, aproximadamente 12 milhões de euros.
Uma sondagem recente mostrou que cerca de 60% dos inquiridos se opunha ao funeral de Estado. Este, recorde-se, acontecerá no Nippon Budokan, no centro da cidade, em 27 de setembro.
Esperam-se 6.400 pessoas, incluindo líderes de mais de 190 países diferentes, que já começaram a chegar ao país. Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, Narendra Modi, primeiro-ministro indiano e Anthony Albanese, primeiro-ministro australiano irão marcar presença. Eduardo Ferro Rodrigues, ex-presidente da Assembleia da República, será o representante oficial de Portugal.
De recordar que o antigo primeiro-ministro japonês morreu, aos 67 anos, depois de ter sido baleado durante um comício eleitoral, na cidade de Nara. Shinzo Abe foi alvejado com dois tiros pelas costas, do lado esquerdo e no pescoço, e acabaria por não resistir aos ferimentos.
O ataque foi atribuído a Tetsuya Yamagami, que alegou, perante a Polícia da Província de Nara, ter um rancor de longa data contra o grupo religioso que dá pelo nome de 'Igreja da Unificação'. O atirador acrescentou ainda ter como alvo Abe por acreditar que o antigo primeiro-ministro tinha laços com o grupo.
Veja as imagens dos protestos na galeria acima.
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