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Somam-se as detenções nos protestos contra mobilização parcial na Rússia

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Com o passar das horas, multiplica-se o número de detidos na Rússia, ao marcarem presença nas manifestações contra a mobilização parcial anunciada, esta quarta-feira, pelo presidente russo, Vladimir Putin.

Às 21h42 (hora na Rússia), pelo menos 1.176 pessoas tinham sido detidas por se manifestar contra a medida, número que poderá crescer, tendo em conta a extensão dos protestos no país, que decorrem em 38 cidades, segundo a organização de defesa dos direitos civis OVD-Info.

São Petersburgo é, neste momento, a cidade com maior número de detenções (490), seguida por Moscovo (424).

Recorde-se que o ministério público de Moscovo avisou que a participação em tais manifestações ou a mera difusão das respetivas convocatórias poderá constituir crime, depois de terem sido publicados na Internet os primeiros apelos para protestar contra o envio de militares na reserva em idade de combate para a guerra na Ucrânia.

Segundo o ministério público, a convocação dessas manifestações não foi coordenada com as autoridades pertinentes, que devem autorizar qualquer ação desse tipo, uma vez que a Rússia não permite qualquer concentração contrária às diretrizes do Governo.

O decreto de Putin estipulou que o número de pessoas convocadas para o serviço militar ativo seria determinado pelo Ministério da Defesa. Nessa linha, o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, disse numa entrevista televisiva que 300 mil reservistas com experiência relevante de combate e serviço serão, inicialmente, mobilizados.

Além da convocação de protestos, a Rússia tem também assistido a um acentuado êxodo de cidadãos, perante o anuncio desta manhã.

A invasão russa - justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 210.º dia, 5.916 civis mortos e 8.616 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: "Não quero morrer por Putin". Centenas de detidos contra mobilização

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