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Nova nunciatura em Díli é "fonte de encorajamento" para Igreja

O substituto do secretário de Estado do Vaticano afirmou hoje que a nova nunciatura da Santa Sé, inaugurada em Díli, serve como fonte de encorajamento para que a Igreja em Timor-Leste continue a trabalhar para servir os mais pobres e vulneráveis.

Nova nunciatura em Díli é "fonte de encorajamento" para Igreja
Notícias ao Minuto

13:00 - 20/09/22 por Lusa

Mundo Timor-Leste

"Ao falar da importância da fé para o povo de Timor-Leste, tenho que mencionar que esta nunciatura traduz a preocupação pastoral com a igreja local", disse o arcebispo Edgar Peña Parra, na cerimónia de inauguração da Nunciatura da Santa Sé, na capital timorense.

"Serve com fonte de encorajamento e renovação para a fé católica e de pessoas de boa vontade, para continuar a servir os mais pobres e vulneráveis nesta terra", enfatizou.

Perante as principais individualidades do país, incluindo o Presidente da República, o presidente do Parlamento Nacional e vários membros do Governo e do setor judicial, Edgar Peña Parra disse que a nunciatura é "mais um sinal concreto, da solicitude, do cuidado e do amor que os sumos pontífices sempre demonstraram pelo povo desta nobre nação insular Timor-Leste".

O responsável deixou uma mensagem de "cordiais saudações e proximidade espiritual do Papa Francisco", recordando em particular o que disse ter sido "a inspirada e memorável visita de São João Paulo II a estas terras no ano de 1989".

A "nova casa do Papa em Timor-Leste", disse, é um edifício verde, que reflete "as excelentes relações bilaterais entre Timor-Leste e a Santa Sé", no ano em que se assinalou o 20.º aniversário da restauração da independência e do estabelecimento das relações bilaterais".

Agradeceu ainda a "apreciação de Timor-Leste pelo papel positivo que a religião pode ter na vida" do país, considerando que "a fé católica é importante para a identidade" nacional, "no passado e no presente e serviu e serve como fonte de força e conforto para as pessoas durante os bons e os maus momentos, durante mais de 500 anos".

Uma relação, disse, reconhecida com a decisão recente do Papa de nomear o primeiro cardeal timorense, Vergílio do Carmo da Silva, e evidenciada pela decisão do país adotar o Documento sobre a Fraternidade Humana para a Paz Mundial e a Convivência Comum, conhecida como a Declaração de Abu Dhabi, assinada em 2019 pelo Papa Francisco e pelo Grão Imame de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyeb.

"É encorajador que o conteúdo da declaração, que fala dos valores base partilhados pelos crentes e pessoas de boa vontade, esteja a ser integrado no currículo académico das escolas, para que possam ajudar os jovens a ser bons cidadãos. Só reconhecendo a dignidade intrínseca de todos é que podemos alcançar reconciliação e paz, criando uma sociedade justa e próspera", afirmou.

Na mesma ocasião, o Presidente da República, José Ramos-Horta, recordou os laços seculares entre a fé católica e Timor-Leste, iniciados há mais de 500 anos com a chegada dos primeiros portugueses à Ilha.

"Quinhentos anos depois da chegada dos primeiros missionários portugueses a Lifau, Oecusse, mais de 200 anos depois da transferência da capital para Díli, hoje temos um cardeal timorense, 98% católicas e a nunciatura da Santa Sé nesta terra", disse.

"Não poderia estar mais feliz de estar aqui, não apenas pela beleza arquitetónica desta nunciatura, mas pela presença física e espiritual da Santa Sé em Timor-Leste. Ao longo destes 20 anos, desde a restauração da independência, assinámos a concordata, vivemos e convivemos, cuidámos de vários encarregados de negócios em Timor-Leste. Muitos de nós devemos tudo à igreja católica", afirmou.

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