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Angariador de apostas VIP em Macau nega branqueamento de capitais

O antigo diretor executivo do maior angariador de apostas VIP do mundo, a Suncity, Alvin Chau Cheok Wa negou hoje todas as acusações, no início do julgamento em Macau por associação criminosa e branqueamento de capitais.

Angariador de apostas VIP em Macau nega branqueamento de capitais
Notícias ao Minuto

12:24 - 19/09/22 por Lusa

Mundo Macau

Inicialmente previsto para começar a 02 de setembro, o julgamento de Chau e de mais 20 arguidos no Tribunal Judicial de Base (TJB) de Macau foi adiado, devido à ausência de vários arguidos.

Na sessão de hoje, apenas estiveram presentes os sete arguidos que tinham ficado em prisão preventiva, com os restantes ausentes ou julgados à revelia.

Chau, de 48 anos, disse "nunca" ter participado no crime de exploração ilícita de jogo, nem através de apostas feitas por telefone nem através da Internet. O arguido disse mesmo ter "aconselhado" um conhecido a não se envolver nesse tipo de atividade.

Já o advogado de Chau, Kuong Kuok On, defendeu não ter existido o crime de exploração ilícita de jogo, uma vez que as apostas eletrónicas ou por telefone eram legais nas Filipinas até 2019.

Embora o Ministério Público (MP) de Macau tivesse, aquando da detenção de Chau, em novembro, dito que a investigação da Polícia Judiciária de Macau só detetou a existência de um grupo criminoso em 2019, a sessão de hoje revelou que as escutas ao empresário tinham começado já em 2014.

Segundo a acusação, citada pelo portal noticioso GGRAsia, o MP acredita que o grupo criminoso alegadamente liderado por Chau levou a região administrativa especial chinesa a perder cerca de 8,26 mil milhões de dólares de Hong Kong (1,06 mil milhões de euros) em receitas fiscais desde 2013.

No pico das operações, a Suncity tinha cerca de 4.800 funcionários, uma lista de 60 mil clientes, sobretudo na China continental, e recebia em média mais de 100 jogadores VIP por dia, revelou hoje Chau.

O TJB tinha decidido na sexta-feira separar todos os pedidos de indemnização civil, feitos por quatro operadores de jogo, por prever que poderiam "procrastinar gravemente o processo" criminal, avançou no domingo a Rádio Macau.

O julgamento de 35 associados de Chau em Wenzhou, na província de Zhejiang, no leste da China continental, terminou em 12 de agosto, com todos os arguidos a declararem-se culpados, anunciou o Ministério Público da cidade chinesa, na rede social WeChat.

A polícia de Wenzhou disse que Chau terá aliciado, no total, 80 mil apostadores do continente.

A detenção do empresário e a saída da Suncity do negócio das salas VIP atingiram de forma muito significativa a indústria do jogo de Macau.

O número de licenças de promotores de jogo em Macau emitidas para este ano pela Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos caiu de 85 para 46.

As receitas do jogo VIP nos casinos de Macau fixaram-se em 6,8 mil milhões de patacas (842,4 milhões de euros) na primeira metade de 2022, menos 61% do que no mesmo período de 2021.

Leia Também: Infraestruturas. Fórum em Macau discute cooperação sino-lusófona

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