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Migrantes enviados para ilha luxuosa dos EUA vão ficar numa base militar

Os cerca de 50 migrantes enviados para a luxuosa ilha de Martha's Vineyard, no nordeste dos Estados Unidos, envolvidos numa batalha política sobre a imigração, vão ficar temporariamente numa base militar, anunciou esta sexta-feira o governador de Massachusetts.

Migrantes enviados para ilha luxuosa dos EUA vão ficar numa base militar
Notícias ao Minuto

06:46 - 17/09/22 por Lusa

Mundo Estados Unidos

Os imigrantes, a maioria venezuelanos e incluindo crianças, chegaram na quarta-feira a Martha's Vineyard, um reduto democrata e local de férias popular para a elite política do país.

Estes foram colocados em aviões desde o Estado do Texas, mas que o governador republicano da Florida, Ron DeSantis, disse ter fretado.

Apesar da mobilização local para ajudar os recém-chegados, a ilha "não está equipada para oferecer acomodações sustentáveis e as autoridades estaduais desenvolveram um plano para uma resposta humanitária abrangente", explicou, o governador de Massachusetts, Charlie Baker.

As autoridades ofereceram a estes migrantes a oportunidade de serem transferidos para um refúgio temporário, numa base militar perto da ilha, garantindo que "as famílias não serão separadas".

De acordo com os 'media' locais, os migrantes deixaram Martha's Vineyard durante o dia.

Muitos explicaram que, quando deixaram o Texas, não sabiam que seriam enviados para uma ilha.

O democrata Julian Cyr, do Senado de Massachusetts, pediu uma investigação a esta transferência de migrantes que também ocorreu na manhã de quinta-feira, quando dois autocarros com migrantes pararam junto da residência da vice-presidente Kamala Harris, em Washington, enviados pelo conservador governador do Texas, Greg Abbott.

"[A investigação irá apurar] Se encaixa ou não na definição legal de tráfico de pessoas, se encaixa na definição moral de tráfico de pessoas... Espero que o Departamento de Justiça esteja a investigar essa questão", referiu, em declarações à televisão local.

Há meses que autoridades republicanas locais transportam imigrantes em autocarros para redutos democratas em todo o país.

Os republicanos acusam o Presidente dos EUA Joe Biden de ter transformado a fronteira com o México num 'coador' e estão a tentar colocar a imigração no centro da campanha para as eleições de novembro.

A presidência norte-americana classificou esta quinta-feira como "vergonhoso" e "cruel" a transferência de migrantes.

Também esta sexta-feira uma investigação jornalística apontou que o Estado da Florida pagou na semana passada 615.000 dólares a uma empresa de aviação, como parte do seu programa de realocação de migrantes, através do qual o governador Ron DeSantis enviou os migrantes para Martha's Vineyard na quarta-feira.

Jornalistas do Tampa Bay Times investigaram os registos oficiais e encontraram o pagamento feito em 08 de setembro à Vertol Systems Company, para lidar com o "programa de realocação não autorizada de estrangeiros".

O programa, ativado na quarta-feira, depende do Departamento de Transportes da Florida e no último orçamento foi concedido a este órgão oficial uma verba de 12 milhões de dólares.

O governo da Florida não adiantou nenhum detalhe sobre esta operação.

Apenas uma porta-voz do governador DeSantis informou, na noite de quarta-feira, que os imigrantes foram levados para Marthas's Vineyard em dois aviões, embora outras fontes da ilha tenham dito que era apenas um e que descolou de San Antonio (Texas) para uma viagem com várias escalas, uma destas na Florida.

Leia Também: Biden assinala "parceria essencial" entre Estados Unidos e África do Sul

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