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Paris apela à libertação de francês preso há 16 meses na RCA

Paris apelou hoje à "libertação imediata" de um francês preso há 16 meses por posse de armas de guerra na República Centro-Africana (RCA), onde é acusado de "espionagem", e que iniciou uma greve de fome.

Paris apela à libertação de francês preso há 16 meses na RCA
Notícias ao Minuto

17:44 - 16/09/22 por Lusa

Mundo República Centro-Africana

"A França está muito preocupada com a situação do nosso compatriota Juan-Rémy Quignolot, preso na República Centro-Africana no âmbito de uma detenção provisória que dura há mais de 16 meses, em violação do direito penal centro-africano", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros, num comunicado.

Paris pede a sua "libertação imediata (...) enquanto aguarda o seu julgamento".

Quignolot, preso em 10 de maio de 2021 em Bangui, é acusado de "minar a segurança interna do Estado", "conspiração" e "espionagem", num contexto de tensões persistentes entre Paris e Bangui, e mantido sob custódia para além do prazo legal de um ano, disse a sua advogada, Arlette Sombo Dibelé, citada pela agência France-Presse.

A advogada denunciou uma "detenção provisória" que é semelhante a "sequestro", assegurando que nenhuma ordem foi notificada para o manter detido.

O cidadão francês iniciou uma greve de fome no domingo passado para denunciar a sua "detenção ilegal", segundo a sua irmã, Caroline Quignolot, que tinha especificado que também deixaria de se hidratar se nada mudasse "dentro de 15 dias".

Quignolot, que enfrenta prisão perpétua com trabalhos forçados, deverá ser julgado "durante a próxima sessão criminal em outubro", disse Eric Didier Tambo, procurador do Ministério Público no Tribunal de Recurso de Bangui.

Antigo soldado, Quignolot tinha trabalhado ocasionalmente para várias organizações na RCA como guarda-costas, de acordo com fontes humanitárias.

Fotos da sua prisão foram afixadas nas redes sociais, mostrando-o com as mãos atadas atrás das costas e um grande arsenal a seus pés.

Paris tinha então denunciado uma "instrumentalização manifesta" que visava "a presença e ação da França", acusando implicitamente a Rússia que, desde 2018, tem desafiado a sua influência neste país, um dos mais pobres do mundo.

"A nossa embaixada e os nossos serviços consulares, em Paris como em Bangui, estão plenamente mobilizados", acrescentou hoje o Quai d'Orsay, observando que "foram tomadas várias medidas com as autoridades centro-africanas para que (os seus) direitos sejam respeitados".

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