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Uganda diz que resolução do PE sobre oleoduto é "sabotagem económica"
O Parlamento do Uganda acusou o Parlamento Europeu de "sabotagem económica" por ter aprovado uma resolução que denuncia violações dos direitos humanos e contra o meio ambiente na construção de um oleoduto entre o Uganda e a Tanzânia.
© iStock
Mundo Uganda
"A moção pretende restringir o progresso na construção de infraestruturas de gás e petróleo e, por conseguinte, o desenvolvimento socioeconómico do país", disse o vice-presidente do Parlamento do Uganda, Thomas Tayebwa, aos meios de comunicação locais, citadas pela agência espanhola de notícias, a Efe.
"Esta resolução representa o mais alto nível de neocolonialismo e imperialismo contra a soberania do Uganda e da Tanzânia", disse o político deste país africano.
Na quinta-feira, o Parlamento Europeu propôs o adiamento durante um ano da construção de um oleoduto, financiado pela multinacional francesa TotalEnergies, de 1.450 quilómetros, que transportará petróleo desde o oeste do Uganda até ao porto de Tanga, na Tanzânia, o vizinho a norte de Moçambique.
Os deputados europeus também propuseram uma rota alternativa para o oleoduto, contornando espaços naturais protegidos, e denunciaram violações contra os direitos humanos, como a detenção arbitrária de ativistas que se opuseram à construção desta infraestrutura e o desalojamento forçado de comunidades.
Tayebwa garantiu que as informações em que a resolução está baseada são falsas ou deliberadamente deturpadas, e disse que mais de 70% das pessoas afetadas pela aquisição de terrenos para construir o oleoduto foram indemnizadas e colocadas noutros locais, e estão a ser feitos esforços para compensar completamente todas as comunidades afetadas.
Nas declarações citadas pela Efe, o vice-presidente do Parlamento do Uganda também disse que é injusto a União Europeia acusar o Uganda de contribuir para a crise climática com a exportação das suas reservas petrolíferas ao mesmo tempo que os países europeus são os responsáveis de uma grande parte das emissões prejudiciais ao planeta.
Leia Também: ONU alerta para "emergência silenciosa" de refugiados no Uganda
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