Juiz rejeita processo de Trump contra Clinton relacionado com a Rússia
Um juiz da Florida rejeitou o processo de Donald Trump contra a rival democrata Hillary Clinton e ex-altos funcionários do FBI, recusando as alegações de que estes agiram em conjunto para inventar a investigação sobre a Rússia.
© Reuters
Mundo Trump
Donald Middlebrooks, juiz distrital dos EUA, defendeu, com palavras duras, que o processo de Trump, iniciado em março, continha "deficiências estruturais gritantes" e que muitas das "caracterizações de eventos são implausíveis", noticiou esta sexta-feira a agência Associated Press (AP).
Middlebrooks descartou, numa decisão divulgada quinta-feira, a ideia de que Trump iniciou o processo para corrigir um dano legal real, referindo que "em vez disso, está a tentando exibir um manifesto político de duzentas páginas descrevendo as suas queixas contra aqueles que se opuseram a ele, e este Tribunal não é o fórum apropriado".
O processo nomeou como réus a rival do republicano nas presidenciais de 2016 e alguns dos seus principais conselheiros, bem como o ex-diretor do FBI, James Comei e outros funcionários da polícia federal norte-americana envolvidos na investigação sobre se a campanha presidencial de Trump em 2016 coordenou com a Rússia para influenciar o resultado da eleição.
Outros réus incluem os fundadores de uma empresa de sondagem política que contratou um ex-espião britânico para investigar os laços entre Trump e a Rússia, e um advogado democrata bem relacionado que foi recentemente absolvido da acusação de mentir para o FBI durante uma reunião de 2016, na qual ele apresentou à agência as informações que queria investigar.
Para o juiz, nenhuma das alegações apoiou os argumentos de Trump sobre uma conspirações contra ele.
Um relatório geral do inspetor do Departamento de Justiça de 2019 identificou certas falhas do FBI durante a investigação da Rússia, mas não encontrou evidências de que os líderes do departamento foram motivados por motivações políticas na abertura da investigação e disse que a investigação foi iniciada com um propósito legítimo.
Uma investigação separada do procurador especial Robert Mueller produziu acusações criminais contra quase três dúzias de pessoas e entidades e encontrou uma interferência generalizada da Rússia na eleição, mas não estabeleceu uma conspiração criminosa com a campanha de Trump.
Alina Habba, advogada de Trump, referiu esta sexta-feira que Trump vai apelar da decisão do tribunal da Florida.
Leia Também: Governo dos EUA propõe cota de 125.000 refugiados para 2023
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com