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UE considera "inaceitáveis" ciberataques na Albânia atribuídos ao Irão

A União Europeia (UE) classificou esta quinta-feira como "inaceitáveis" os ciberataques realizados contra a Albânia, que Washington e Tirana atribuem ao Irão, manifestando ainda a preocupação com as atividades cibernéticas "maliciosas" registadas em julho.

UE considera "inaceitáveis" ciberataques na Albânia atribuídos ao Irão
Notícias ao Minuto

23:51 - 08/09/22 por Lusa

Mundo Ataques

O comportamento "desestabilizador e irresponsável", que levou ao corte das relações entre Tirana e Teerão, "procura ameaçar a integridade e a segurança", referiu o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

"As tentativas de minar as instituições democráticas e as sociedades em geral são inaceitáveis", sublinhou, em comunicado.

O ataque atingiu diretamente infraestruturas críticas e afetou a prestação de serviços públicos a indivíduos e empresas na Albânia.

"Condenamos fortemente tal comportamento inaceitável no ciberespaço, que vai contra as normas acordadas de comportamento responsável do Estado, conforme repetidamente endossado por todos os Estados membros da ONU", realçou Borrell.

O diplomata espanhol assegurou que a UE, em conjunto com a NATO e os parceiros internacionais, está preparada para apoiar a resiliência cibernética da Albânia com base na cooperação já existente em segurança cibernética.

O Alto-Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança sublinhou que os 27 Estados-membros estão determinados a prevenir os ciberataques tornando-se mais resilientes.

Também vincou que os países estão empenhados em ajudar a aumentar a resiliência da cibersegurança nos países candidatos e em outras nações, utilizando todos os recursos disponíveis da UE.

Um ataque cibernético em 15 de julho encerrou temporariamente vários serviços e 'sites' digitais do Governo albanês.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro albanês, Edi Rama, disse que havia "provas inegáveis" de que o Governo iraniano estava por trás do ataque.

Os Estados Unidos apoiaram a ação da Albânia, membro da NATO, e prometeram uma retaliação contra o Irão, alegando um "precedente preocupante".

Também a NATO expressou o seu total apoio à Albânia, condenando o ataque e prometendo aumentar a proteção contra atividades criminosas no ciberespaço.

No mesmo dia, o Governo albanês deu à equipa da Embaixada do Irão 24 horas para deixar o país, após um ataque cibernético que a Albânia atribui ao regime de Teerão.

O Irão condenou a expulsão dos diplomatas, classificando a ação de imprudente, de acordo com uma mensagem difundida pela TV estatal iraniana.

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão negou que o seu Governo esteja por detrás de qualquer ataque cibernético a 'sites' albaneses.

Os laços entre o Irão e a Albânia estão tensos desde 2014, quando a Tirana abrigou cerca de 3.000 membros do grupo de oposição iraniano Mujahedeen-e-Khalq, MEK, que tinham abandonado o Iraque.

Já anteriormente, em 2020 e 2018, Tirana tinha expulsado quatro diplomatas iranianos por "ameaças à segurança nacional".

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