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Presidente do Burkina Faso garante que cumprirá duração da transição

O presidente de transição no Burkina Faso, tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, que chegou ao poder por um golpe de Estado a 24 de janeiro, garantiu hoje que os "compromissos assumidos" sobre a duração da transição serão "respeitados".

Presidente do Burkina Faso garante que cumprirá duração da transição
Notícias ao Minuto

16:50 - 05/09/22 por Lusa

Mundo Paul-Henri Sandaogo Damiba

Damiba falava em Abidjan, onde se encontrou com o seu homólogo marfinense, Alassane Ouattara, para uma "visita de amizade e trabalho" de 24 horas.

"Estejam certos de que os compromissos assumidos pelo Burkina Faso perante a comunidade internacional serão respeitados", disse Damiba durante uma conferência de imprensa, afirmando que a junta organizará "eleições para o regresso à ordem constitucional normal" no final da transição.

A Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e as autoridades burquinabés acordaram, no início de julho, numa transição de 24 meses, antes de um regresso a um regime civil.

Esta é a segunda visita estrangeira de Damiba desde que chegou ao poder, tendo a primeira ocorrido no sábado, quando se deslocou ao Mali para se encontrar com o seu homólogo, Assimi Goïta.

Questionado sobre o seu papel numa possível mediação para a libertação dos soldados marfinenses detidos no Mali desde o início de julho, Damiba disse que desejava "assegurar uma solução com as autoridades malianas e as autoridades" da Costa do Marfim.

No início de julho, 49 soldados marfinenses foram presos no Mali e depois acusados, em meados de agosto, por "tentativa de minar a segurança externa do Estado" e formalmente detidos. Abidjan afirma que os soldados estavam numa missão da ONU e exige a sua libertação.

Três das 49 mulheres-soldado foram libertadas no sábado.

Os presidentes da Costa do Marfim e do Burkina Faso também discutiram a situação da segurança na sub-região.

Os dois países partilham uma fronteira de quase 600 quilómetros e milhares de refugiados burquinabés fugiram nos últimos anos dos ataques extremistas ao seu país para encontrar refúgio no norte da Costa do Marfim, que é menos afetado pela violência.

Assegurando o "pleno apoio" da Costa do Marfim aos "esforços" da junta face ao desafio da segurança, Alassane Ouattara recordou que os "ataques terroristas dizem respeito a toda a sub-região".

"Temos de fazer tudo para nos apoiarmos mutuamente, continuar a trocar informações e ter cooperação a nível das forças de segurança", disse.

Leia Também: Mais de 10 mil mortos por ataques terroristas no Burkina Faso desde 2015

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