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Itália. Salvini diz ser "fundamental repensar" sanções contra a Rússia

O líder de extrema-direita considera que, apesar da sanções, "a guerra continua e os cofres da Federação Russa estão cheios de dinheiro".

Itália. Salvini diz ser "fundamental repensar" sanções contra a Rússia

O líder do partido da extrema-direita italiana Liga, Matteo Salvini, questionou, no sábado, a eficácia das sanções contra a Rússia - implementadas no âmbito da invasão da Ucrânia - e defendeu que as medidas deixaram o Ocidente a “pagar o dobro ou quádruplo nas contas”, enquanto “os cofres da Federação Russa estão cheios de dinheiro”.

“Vários meses se passaram e as pessoas pagam o dobro ou quádruplo nas contas (...). A guerra continua e os cofres da Federação Russa estão cheios de dinheiro", disse à rádio italiana RTL.

Já na rede social Twitter, Salvini publicou um vídeo, onde questionou se as sanções contra a Rússia estão a “funcionar”. 

“As sanções estão a funcionar? Não. Até ao momento, aqueles que foram sancionados estão a ganhar, enquanto aqueles que impuseram as sanções estão de joelhos. Evidentemente, alguém na Europa está errado: repensar a estratégia é essencial para salvar empregos e negócios em Itália”, escreveu na descrição.

Uma das pessoas a responder à questão levantada por Salvini foi Enrico Letta, líder do Partido Democrata (PD) e um dos principais adversários da Liga nas eleições legislativas de 25 de setembro. “Não acho que Putin teria dito melhor”, rematou.

Sublinhe-se que as relações entre o líder do partido da extrema-direita e a Rússia têm sido alvo de críticas. Em junho, soube-se que Salvini jantou com o embaixador russo em Roma, Serguei Razov, poucos dias após o início da invasão russa da Ucrânia. O encontro, que não foi autorizado pelo governo italiano, repetiu-se em, pelo menos, outras três ocasiões.

Já no mês passado, Salvini garantiu que, se governar após as eleições legislativas, não mudará a posição internacional de Itália em relação à Rússia devido à invasão da Ucrânia. Salvini emitiu estas declarações depois de a esquerda italiana ter acusado a direita das suas relações próximas com Moscovo.

“Quanto à Ucrânia, a Liga fará o que fazem outros países democráticos e ocidentais. Seja qual for o resultado das eleições [legislativas antecipadas], a posição internacional de Itália não se alterará”, frisou.

De acordo com uma sondagem, divulgada na quinta-feira, o partido conservador Irmãos da Itália (FdI) é o partido com mais intenções de voto  com 24,6%, colocando a líder romana Giorgia Meloni, de 45 anos, a caminho de se tornar a primeira mulher como chefe de Estado em Itália. O Partido Democrático (PD) de centro-esquerda está em segundo lugar com 23,1%, ao passo que o principal aliado da FdI, o partido de Matteo Salvini, é o terceiro com 12,5%.

Leia Também: AO MINUTO: Moscovo nega culpa de corte de gás; Zaporíjia? Ucrânia acusada

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