Tokayev, que está no poder no país da Ásia Central desde 2019, após a demissão do seu antecessor, Nursultan Nazarbayev, também propôs a realização de eleições parlamentares antecipadas na primeira metade de 2023.
Numa intervenção no parlamento de Nur-Sultan, Tokayev disse que tais medidas são necessárias para "reforçar a estrutura do Estado" e "o curso das reformas", segundo a agência francesa AFP.
As próximas eleições presidenciais estavam agendadas para 2024.
Até agora, a duração do mandato é de cinco anos e não pode ser renovado mais de duas vezes seguidas.
Em janeiro deste ano, o Cazaquistão foi abalado por protestos pacíficos contra o aumento dos preços dos combustíveis, seguidos de motins em que morreram mais de 230 pessoas.
A Rússia enviou um contingente militar para restabelecer a ordem.
Esta foi a crise política mais grave na antiga república soviética desde a sua independência, em 1991.
Segundo observadores citados pela AFP, uma luta pelo poder entre Kassym-Jomart Tokayev e o clã de Nursultan Nazarbayev esteve no centro da violência, cujas causas permanecem pouco claras.
Em junho, as reformas constitucionais propostas por Tokayev para acabar com a era Nazarbayev foram adotadas num referendo.
A capital do Cazaquistão Astana passou a chamar-se Nur-Sultan em 2019, em honra do antecessor de Tokayev.
Nursultan Nazarbayev, 82 anos, foi o primeiro presidente do Cazaquistão, entre 1991 e 2019.
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