Os animais da espécie tartaruga-verde, que vivem na Baía de Guanabara, localizada no estado do Rio de Janeiro, no Brasil, têm tumores - resultado de uma infeção viral que apanham o oceano.
Esta doença, que põe os animais em risco de vida afetando-lhes a visão e os movimentos, provém de um ambiente marinho pouco equilibrado e da poluição humana que diminui a imunidade dos animais.
Segundo o biólogo marinho Rafael Franco, a fibropapilomatose provoca o aparecimento de feridas e inúmeros tumores na pele das tartarugas, chegando a afetar os órgãos internos, relata o jornal brasileiro O Globo.
Normalmente, segundo o coordenador do Núcleo de Ciências Biológicas da Universidade Santa Úrsula, Bruno Meurer, esta infeção que se espalha "de forma rápida e intensa" e prejudica gravemente a saúde do animal, revela-se através de múltiplos tumores benignos com uma aparência "muito semelhante à herpes".
O especialista explicou que o maior perigo está nos resíduos sólidos, "no plástico de uma maneira geral", porque é ingerido por muitos animais que acabam por morrer.
"Todos têm que cuidar para que o lixo não chegue ao mar", advertiu acrescentando: "Por ser uma espécie carismática, as pessoas sensibilizam-se com a causa. Mas, se a população evitar que o lixo chegue ao mar para cuidar da tartaruga marinha, vai estar a salvar outras espécies também".
Contudo, não são só os animais que estão expostos à poluição sofrem com esse fator. Também a população está exposta em permanência a riscos ambientais. Na União Europeia, 13% das mortes estão ligadas à poluição, segundo um relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA), para quem a crise sanitária atual deve acelerar a tomada de consciência sobre a relação entre ambiente e saúde.
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