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Papa pede fim da guerra e refere morte de "pobre" Darya Dugina

Francisco pediu "medidas concretas" para evitar uma "tragédia" na central nuclear de Zaporíjia.

Papa pede fim da guerra e refere morte de "pobre" Darya Dugina

O Papa Francisco pediu, esta quarta-feira, “medidas concretas” para terminar com a guerra na Ucrânia e “evitar o risco de uma catástrofe” na central nuclear de central de Zaporíjia (Zaporizhzhia), no sudeste do país. Na sua audiência geral, o pontífice condenou ainda a morte de Darya Dugina.

“Espero que sejam tomadas medidas concretas para colocar fim à guerra e evitar o risco de um desastre nuclear em Zaporíjia”, disse o Papa, na audiência geral desta quarta-feira, no Vaticano.

O apelo do pontífice surge um dia após a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) ter revelado que irá visitar a central nuclear nos próximos dias, caso as negociações com a Ucrânia e a Rússia sejam bem-sucedidas. 

“Penso nas crianças, tantas morreram. (...) Tantas crianças ucranianas e russas tornaram-se órfãs”, referiu.

No dia em que a Ucrânia celebra o 31.º aniversário da sua independência e se assinala o sexto mês do início da invasão russa, o Papa condenou a morte de Darya Dugina, a filha do filósofo ultranacionalista russo Alexander Dugin, que morreu numa explosão nos arredores de Moscovo.

“Penso na crueldade, nos inocentes que estão a pagar esta loucura, a loucura de todas as partes, porque a guerra é uma loucura. Os inocentes pagam pela guerra”, sublinhou.

Francisco disse ainda pensar "naquela pobre rapariga que explodiu numa bomba debaixo do banco de um carro em Moscovo”, referindo-se à jornalista e comentadora política, de 29 anos, morta na noite de sábado.

Líder do Movimento Eurasiático, Alexander Dugin, 60 anos, tem sido descrito no Ocidente como "cérebro de Putin" e "guia espiritual" da invasão da Ucrânia, embora se desconheça se mantém contactos com o líder russo.

Apoiante da invasão da Ucrânia, como o pai, Darya Dugina foi alvo de sanções das autoridades norte-americanas e britânicas, que a acusaram de contribuir para a desinformação em relação à guerra iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro.

Numa entrevista em maio, descreveu a guerra na Ucrânia como um "choque de civilizações" e manifestou orgulho por ela e o pai terem sido sancionados pelo Ocidente, segundo a BBC.

Leia Também: Funeral. Rosto de Darya Dugina levanta dúvidas sobre morte em explosão

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