Tropas paquistanesas a um passo de marcarem presença no Mundial

Paquistão e Qatar terão um acordo para garantir a segurança dos estádios durante a competição.

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Notícias ao Minuto
22/08/2022 22:37 ‧ 22/08/2022 por Notícias ao Minuto

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Qatar'2022

O conselho de ministros paquistanês aprovou esta segunda-feira um acordo, que permite ao governo enviar tropas para garantir a segurança do Mundial de Futebol do Qatar, que arranca no final de novembro.

O acordo surge antes da visita do primeiro-ministro paquistanês a Doha, na terça-feira - não é sabido quando é que o acordo será assinado mas, avança a Reuters, o documento refere que o governo do Qatar pediu ajuda ao Paquistão para garantir a segurança do Mundial, competição que este ano está envolta em polémicas.

No acordo citado pela agência britânica, é dito que o Paquistão "procura definir as obrigações dos dois partidos, as especializações e o número de pessoal de segurança a ser enviado pelo Paquistão, para participar nas operações de segurança".

O governo do Qatar não confirmou se pediu a presença de tropas paquistanesas durante o Mundial, nem o que estas estariam a fazer. A empresa que supervisiona a segurança da competição também não confirmou - mantendo-se incerto quantas tropas serão enviadas.

Um comunicado do governo paquistanês, liderado por Shehbaz Sharif, acrescentou que a visita de dois dias a Doha servirá para "discutir relações bilaterais entre os dois países, especialmente na cooperação futura em energia, comércio e oportunidades de investimento". Sharif também deve visitar um dos estádios construído de propósito para acolher jogos.

O Mundial de Futebol decorre entre os dias 20 de novembro e 18 de dezembro de 2022, com o Qatar a ser o país escolhido para acolher a competição, tornando-se na primeira nação do Médio Oriente a ser palco do maior torneio de seleções de futebol. No entanto, o processo ficou manchado por circunstâncias dúbias, com acusações de corrupção a serem feitas contra dirigentes da FIFA.

Desde então, as polémicas com o Mundial não diminuíram. Sabe-se que, na construção dos estádios novos, morreram cerca de 6.500 trabalhadores, a maioria imigrantes, salientando as paupérrimas condições laborais oferecidas aos trabalhadores e a exploração de pessoas desfavorecidas.

Apesar do Qatar ter prometido abrir os horizontes do país no que diz respeito aos direitos de género, o país continua a promover violentamente a homofobia - aliás, a homossexualidade mantêm-se ilegal. A FIFA prometeu que a comunidade LGBTQ+ podia ir aos jogos em segurança, mas as autoridades qatari vão impedir manifestações, bandeiras arco-íris e símbolos 'queer' nos estádios e nas 'fan zones'; além disso, foi noticiado que vários hotéis, considerados pela FIFA como locais seguros para a comunidade LGBTQ+, na verdade afasta a venda de bilhetes e pede aos hóspedes para 'resfriar' demonstrações públicas de afeto que não sejam heteronormativas.

Leia Também: Qatar detém trabalhadores que protestavam contra pagamentos atrasados

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