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Borrell apoia Guterres na condenação das ações russas em Zaporijia

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, associou-se hoje ao secretário-geral da ONU, António Guterres, para condenar as ações das forças russas na central nuclear de Zaporijia e pedir a retirada daquela região.

Borrell apoia Guterres na condenação das ações russas em Zaporijia
Notícias ao Minuto

19:28 - 19/08/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Apoio António Guterres na condenação das ações da Rússia em Zaporijia. Estas só podem ter consequências catastróficas. As visitas da Agência Internacional de Energia Atómica devem ser permitidas", sublinhou o alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros numa publicação na rede social Twitter.

"As forças russas devem retirar-se da área e devolver imediatamente o controlo total ao dono da soberania da Ucrânia", acrescentou.

Também a comissária europeia da Energia, Kadri Simson, alertou hoje para a "atitude irresponsável e perigosa" do exército russo na central nuclear que "continua a violar todas as disposições acordadas internacionalmente" sobre segurança.

"A Comissão Europeia repete: as tropas russas devem-se retirar e permitir que as autoridades ucranianas realizem o seu trabalho no local com segurança", frisou.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, avisou hoje que a eletricidade da central nuclear de Zaporijia "obviamente" pertence à Ucrânia e que esse princípio deve ser totalmente respeitado.

Em conferência de imprensa, António Guterres, que cumpriu hoje o segundo dia de uma visita à Ucrânia, abordou a possibilidade de uma deslocação da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), começando por referir que a entidade tem um mandato próprio e que lhe cabe definir que tipo de inspeções fará.

No entanto, destacou que as Nações Unidas têm "na Ucrânia capacidade logística e de segurança para apoiar uma possível missão da AIEA desde Kiev até Zaporijia".

Em Lviv, Guterres alertou na quinta-feira para a situação "preocupante" da central nuclear ucraniana de Zaporijia, salientando que não deve ser usada como parte de qualquer operação militar.

Rússia e Ucrânia mantêm um braço de ferro em torno da central nuclear ucraniana de Zaporijia, apesar das exigências da comunidade internacional para a retirada do Exército russo das instalações.

As forças russas controlam a central de Zaporijia, a maior do género na Europa, mas ambas as partes acusam-se mutuamente de ataques que podem provocar um desastre nuclear.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas de suas casas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de seis milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU confirmou que 5.514 civis morreram e 7.698 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 176.º dia, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

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