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EUA. Homem acusado de tentar comprar restos humanos roubados no Facebook

Os restos deveriam de ter sido doados a uma universidade no estado do Arkansas, mas acabaram por ser roubados.

EUA. Homem acusado de tentar comprar restos humanos roubados no Facebook
Notícias ao Minuto

12:43 - 19/08/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Estados Unidos

Um homem no estado norte-americano da Pensilvânia foi acusado de abuso de um corpo e de receber propriedade roubada, depois de ter tentado comprar restos mortais de uma vendedora do Arkansas, no Facebook.

A detenção e acusação ocorreu a 22 de julho, na cidade de East Pennsboro, na Pensilvânia. Jeremy Lee Pauley foi acusado, esta quinta-feira, e libertado depois do pagamento de uma fiança de 50 mil dólares.

Relacionado com este caso, a porta-voz da Universidade de Ciências Médicas do Arkansas, em Little Rock, contou que os mesmos restos mortais deveriam de ter sido doados por uma casa mortuária, mas acabaram por ser roubados e vendidos por uma funcionária do estabelecimento.

Segundo a NBC News, caso está a ser investigado pelas autoridades federais, mas a polícia federal (FBI) não confirmou se os dois casos estão correlacionados. A universidade disse, citada pela televisão norte-americana, que está "horrorizada que tal coisa tenha acontecido".

Nos Estados Unidos, a venda de restos mortais humanos continua envolta em dúvidas e áreas cinzentas, porque existem convenções e comícios legais que promovem a venda de partes humanas. E Pauley tem uma prova de que esta não é a primeira vez que obtém algo do género, pela via legal. Segundo um relatório da polícia, o suspeito - que se considera um colecionador de "variedades" - questionou as autoridades para comprar partes humanas. Na altura, a polícia constatou que as partes em causa eram esqueletos completos de pessoas mais velhas e determinou que a compra fora legal.

Mas a história em torno dos restos mais recentes torna-se ainda mais bizarra. Através do Facebook, Pauley publicou fotografias de sacos com fémures, escrevendo na descrição: "Peguei em mais ossos médicos para analisar". O norte-americano patrocinava as partes numa página com nome de mercado.

Depois, uma denúncia à polícia levou à descoberta de mais restos mortais que não tinham sido declarados, nomeadamente três baldes de 18 litros cada, com restos humanos (alguns pertencentes a crianças). Foram também intercetadas encomendas entre a mulher do estado do Arkansas e Jeremy Lee Pauley por correio.

Segundo as autoridades, o objetivo de Pauley seria revender as partes recebidas pela mulher e, nas mensagens no Facebook Messenger, terá dito à funcionária que pagaria 4 mil dólares pelos restos roubados.

À NBC, o advogado do condado de Cumberland, onde Jeremy Lee Pauley foi acusado, mostrou-se incrédulo com a situação e questionou os parâmetros legais em torno da compra de restos mortais nos Estados Unidos.

"A questão que temos de responder é se a venda de partes ou ossos e restos continua ilegal ou legal. Alguma dessa venda, para nossa surpresa, é legal. E a investigação continuou, e ficou claro que houve atividade ilegal a ocorrer", disse.

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