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ONU insta Israel a acabar com ofensiva contra ONG palestinianas

As agências da Organização das Nações Unidas (ONU) que atuam nos territórios palestinianos ocupados instaram Israel a parar a ofensiva contra organizações não governamentais palestinianas na Cisjordânia ocupada, depois do fecho de várias designadas como entidades terroristas.

ONU insta Israel a acabar com ofensiva contra ONG palestinianas
Notícias ao Minuto

06:56 - 19/08/22 por Lusa

Mundo agências da ONU

"As agências da ONU e a Associação das Agências Internacionais de Desenvolvimento (AIDA) que trabalham nos Territórios Palestinianos Ocupados instam o governo de Israel a permitir que as organizações humanitárias e de direitos humanos continuem com o seu trabalho", consideraram em comunicado conjunto.

No texto também se chamou a atenção das autoridades israelitas a "abster-se de qualquer ação" que obstaculize o trabalho "crítico" dessas entidades.

O texto foi assinado pelas agências da ONU dedicadas a trabalhos humanitários e de desenvolvimento e por um conjunto de 83 ONG internacionais que trabalham nos territórios palestinianos ocupados.

"As autoridades israelitas não apresentaram qualquer prova convincente às agências da ONU nem às ONG associadas que trabalham nos territórios palestinianos ocupados que apoiasse essa designação", acrescentou-se no texto de conjunto.

Aludiam, assim, à designação pelo governo israelita de várias ONG como terroristas, pela sua alegada vinculação com a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP). Apesar de a designação ter ocorrido em outubro, esta foi ratificada na quarta-feira com a rejeição do apelo apresentado pelas ONG.

As entidades em questão são a Al-Haq, que controla o respeito pelos direitos humanos nos territórios palestinianos ocupados, a Associação de Direitos Humanos e Apoio a Prisioneiros (Addameer), o Centro de Investigação e Desenvolvimento Bisan, a União de Comités de Mulheres Palestinianas e a União de Comités de Trabalho Agrícola.

A estas soma-se o encerramento dos escritórios dos Comités de Trabalho para a Saúde, que já tinham sido classificados como ilegais, e para os quais trabalhava Juana Ruiz Sánchez, uma cidadã de Espanha, que passou 10 meses recentemente numa prisão israelita acusada de "prestar serviços a uma organização ilegal" e "receber dinheiro e introduzi-lo ilegalmente" na Cisjordânia.

O gabinete da Alta-Comissária da ONU para os Direitos Humanos também expressou a sua discordância com a decisão israelita de fechar estas ONG e apelou à reversão da decisão.

"Os defensores dos direitos humanos devem ser protegidos imediatamente de estes ataques injustificados", conforme um comunicado que divulgou, onde classificou aquele encerramento como "totalmente arbitrário".

Leia Também: Exército israelita encerra instalações de sete ONG palestinianas

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