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Borrell. Central de Zaporijia deve estar à margem de operações militares

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, defendeu esta sexta-feira que a central nuclear ucraniana de Zaporijia, atualmente sob controlo das forças russas, não deve fazer parte de "nenhuma operação militar".

Borrell. Central de Zaporijia deve estar à margem de operações militares
Notícias ao Minuto

21:40 - 12/08/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

"As instalações de Zaporijia não devem ser usadas como parte de nenhuma operação militar", salientou o alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros numa publicação na rede social Twitter.

Borrell manifestou o seu apoio ao "apelo à desmilitarização da área, começando com a retirada total das forças russas".

O diplomata espanhol também pediu que Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) possa visitar a central.

Por fim, Josep Borrell frisou que "a Rússia deve devolver imediatamente o controlo total" da central nuclear "ao legítimo proprietário soberano, a Ucrânia".

Tropas russas controlam atualmente Zaporijia, que tem sido alvo de bombardeamentos esta semana, com Kiev e Moscovo a trocarem acusações sobre a natureza dos recentes incidentes de segurança na central.

Na quinta-feira, a ONU pressionou a Rússia e a Ucrânia a evitar a todo custo um desastre nuclear nesta central ucraniana, a maior da Europa, e a interromper imediatamente todas as atividades militares nas proximidades daquele espaço.

O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, referiu esta quinta-feira que análises preliminares indicam não haver "ameaça imediata" à segurança nuclear após ataques a Zaporijia, mas alertou que a situação é grave e "pode mudar" rapidamente.

As autoridades ucranianas solicitaram a declaração de uma zona desmilitarizada nas proximidades da central, proposta que também foi apoiada pelos Estados Unidos.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas de suas casas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de seis milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU confirmou que 5.401 civis morreram e 7.466 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 170.º dia, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Federação Russa deve cumprir compromisso sobre cereais, diz Borrell

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