Mulher "humilhada" por piloto de avião por causa da cadeira de rodas
A tripulação terá dito também que em caso de emergência não voltavam para trás por causa dela.
© Reuters
Mundo EUA
Uma passageira da Jet2 acusa a companhia aérea de a "humilhar" depois de o piloto ter repetidamente dito que a sua cadeira de rodas era a razão pela qual o voo estava atrasado.
Geraldine Freeman estava a viajar de Bristol, no Reino Unido, para Tenerife, nas Ilhas Canárias, em julho quando o incidente ocorreu, conta o Independent.
Segundo a mulher, foi tratada de uma forma "muito indigna" durante a viagem que descreve como tendo sido "embaraçosa, desconfortável, stressante e humilhante".
Alega que um dos membros da tripulação disse que "em caso de emergência não voltavam para trás" por sua causa, o que fez com que sentisse que a sua vida "não era tão importante como a dos restantes".
A deficiência de Geraldine foi causada pela toma de Talidomida - medicamento que causou malformação dos membros em milhares de recém-nascidos durante os anos 50/60 em todo o mundo - e usa uma cadeira elétrica para se deslocar.
A passageira relata que a experiência desagradável com a Jet2 começou logo quando chegou ao aeroporto de Bristol e lhe foi dito que teriam de desmontar a cadeira parcialmente antes de a porem no avião, algo que diz nunca ter acontecido anteriormente.
Depois, durante o embarque, encontrou os restantes passageiros já à espera no avião. Algo também "fora do comum", diz, pois os passageiros com deficiência costumam embarcar primeiro.
A tripulação anunciou então que o voo estava atrasado, momento em que o piloto começou a fazer vários anúncios sobre a razão de atraso do voo ser o transporte da cadeira de rodas para dentro do avião.
"Levamos questões como esta muito a sério e investigámos o assunto como uma questão de absoluta urgência. Vamos garantir que será dado treino extra aos nossos funcionários para garantir que não volta a ocorrer uma situação destas", reagiu a companhia aérea, depois de a história ser partilhada. Ofereceram ainda "sinceras e profundas desculpas" pelo que classificam ser um "incidente isolado".
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