China diz que os EUA são o "principal instigador da crise ucraniana"

"O seu objetivo final é esgotar e esmagar a Rússia com uma guerra prolongada e com as sanções", considerou o embaixador da China em Moscovo, Zhang Hanhui.

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© Mikhail Svetlov / Getty Images

Notícias ao Minuto
10/08/2022 17:18 ‧ 10/08/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

A China, país que a Rússia tem tentado ter como aliado desde o início da invasão sobre a Ucrânia, considerou que os Estados Unidos da América são o "principal instigador" desta crise, está a noticiar a Reuters.

Numa entrevista à agência noticiosa estatal russa TASS, publicada esta quarta-feira, o embaixador da China em Moscovo, Zhang Hanhui, acusou Washington de ter forçado a Rússia a agir devido às repetidas expansões da NATO e à forma como tem vindo a apoiar um alinhamento de Kyiv com a União Europeia.

"Como iniciador e principal instigador da crise ucraniana, Washington, ao mesmo tempo que impõe sanções abrangentes sem precedentes contra a Rússia, continua a fornecer armas e equipamento militar à Ucrânia", afirmou Zhang Hanhui. "O seu objetivo final é esgotar e esmagar a Rússia com uma guerra prolongada e com as sanções", considerou ainda.

Em causa estão declarações que em muito se assemelham às justificações que têm sido dadas pela Rússia para levar a cabo esta invasão - que causou já milhares de mortos e a destruição de inúmeras cidades ucranianas. Um quarto da população do país foi, também, forçada a abandonar as suas habitações.

Na mesma entrevista, o embaixador disse ainda que as relações sino-russas tinham entrado "no melhor período da história, caracterizado pelo mais alto nível de confiança mútua, o mais alto grau de interação, e a maior importância estratégica".

A propósito, por outro lado, da visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América, Nancy Pelosi, a Taiwan na semana passada, Zhang Hanhui mostrou-se chocado e fez questão de salientar que Washington estava a tentar aplicar nesse território as mesmas táticas usadas na Ucrânia. Isto, nas suas palavras, para "reavivar uma mentalidade de Guerra Fria, conter a China e a Rússia, e provocar uma grande rivalidade de poder e confrontação".

"A não-intervenção nos assuntos internos é o princípio mais fundamental da manutenção da paz e estabilidade no nosso mundo", disse ainda o embaixador chinês, salientando este princípio para criticar diretamente a política de Washington face a Taiwan.

A invasão sobre a Ucrânia, que entrou hoje no 168.º dia, é descrita pela Rússia como sendo uma "operação militar especial" com vista à sua "desmilitarização" e "desnazificação". Pretextos que, segundo a Ucrânia e os aliados ocidentais, são vistos como infundados.

Leia Também: Crimeia. Força aérea ucraniana diz que explosões destruíram aviões russos

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