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Kyiv anuncia retirada de mais de 3.000 civis do leste numa semana

Mais de 3.000 civis foram retirados da região de Donetsk devido aos combates no leste da Ucrânia e após os dirigentes ucranianos terem tornado obrigatórias estas evacuações no final de julho, anunciou hoje Kiev.

Kyiv anuncia retirada de mais de 3.000 civis do leste numa semana
Notícias ao Minuto

17:09 - 09/08/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"Nos últimos seis dias foram evacuados 3.000 habitantes, incluindo cerca de 600 crianças e 1.400 mulheres. As evacuações obrigatórias prosseguem", declarou na sua conta no Telegram Kyrylo Timochenko, chefe-adjunto da administração presidencial.

O mesmo responsável precisou que 1,3 milhões de pessoas foram retiradas da região deste o início da invasão russa da Ucrânia em fevereiro e que "de momento existe uma população de 350.000 pessoas, incluindo 50.000 crianças", no território.

Desde há vários meses que Kyiv pressiona os civis a abandonarem as regiões do leste, na bacia do Donbas, mas com resultados díspares pelo facto muitos dos seus habitantes se recusarem a partir, ao alegarem questões financeiras ou por não terem possibilidade de se instalarem noutros locais.

No final de julho, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou que a decisão de tornar obrigatória a retirada da população da província de Donetsk se relacionava com a aproximação do inverno, e motivada pela destruição das redes de distribuição de gás que impedem o necessário aquecimento das habitações.

A presidência ucraniana referiu hoje que três civis foram mortos e 19 feridos devido aos combates na região.

Após terem conquistado a quase totalidade da província de Lugansk, as forças russas concentram agora o seu assalto na vizinha Donetsk, com o objetivo essencial de controlar a Kramatorsk, a principal cidade dessa zona e ainda sob controlo ucraniano. O avanço russo permanece muito lento.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 17 milhões de pessoas de suas casas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de dez milhões para os países vizinhos --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU confirmou que 5.401 civis morreram e 7.466 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 167.º dia, sublinhando que os números reais deverão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Rússia critica pedido de Kyiv para proibir turistas russos no Ocidente

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