O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, criticou, esta terça-feira, a sugestão do presidente da Ucrânia em isolar a população russa, ideia defendida por Volodymyr Zelensky em entrevista ao Washington Post.

"O palhaço mor da Ucrânia sugeriu responsabilizar toda a população russa. Adolf Hitler foi o último que tentou aplicar essa ideia a uma população. Resta alguma dúvida sobre a natureza do regime ucraniano?", escreveu o antecessor do atual presidente da Rússia, Vladimir Putin. 

The chief clown of Ukraine suggested “holding the whole population of Russia responsible”. It was Adolf Hitler who last tried to apply such ideas to a people as a whole. Any questions remaining about the Ukrainian regime’s nature?

— Dmitry Medvedev (@MedvedevRussiaE) August 9, 2022

"Qualquer tipo de russo - façam-no ir para a Rússia"

As declarações de Medvedev surgem em resposta à entrevista dada por Zelensky à publicação norte-americana acima referida, e publicada na noite de segunda-feira.

O governante ucraniano defendeu que "a sanção mais importante é o fecho das fronteiras - porque os russos estão a roubar o território de outros". De acordo com Zelensky, os russos deviam "viver no seu mundo até que mudem a sua filosofia". 

Na sequência da ideia da primeira-ministra da Finlândia, que defendeu que os turistas russos deviam ver os seus vistos limitados - e que a União Europeia devia tomar uma decisão conjunta neste assunto -, Zelensky defendeu o mesmo. "Qualquer tipo de russo - façam-no ir para a Rússia", afirmou ao Post

"Vão perceber assim", referiu, acrescentando: "Vão dizer: 'Isto [a guerra] não tem nada a ver connosco. A população não pode ser responsabilizada, certo?' Pode", notou.

"A população escolheu este governo e não estão a lutar contra ele, não estão a contestar, não estão manifestar-se", explicou.

E fingindo que se dirigia aos russos, rematou: "Não querem isolar-se?"

"Dizem ao mundo inteiro que tem que viver sob as vossas regras. Então vão e vivam lá. É a única forma de influenciar Putin", explicou.

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