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ONU pede mais 2.000 milhões de dólares em doações para ajuda humanitária

As Nações Unidas pediram esta segunda-feira mais 2.000 milhões de dólares de fundos para ajuda humanitária à Ucrânia, elevando o total solicitado aos doadores para os 4.300 milhões de dólares, por temerem um inverno muito difícil.

ONU pede mais 2.000 milhões de dólares em doações para ajuda humanitária
Notícias ao Minuto

20:36 - 08/08/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

Segundo o organismo, o aumento corresponde ao agravamento da situação no país e à perspetiva de um inverno muito difícil, devido à destruição de habitações e à falta de acesso a gás e eletricidade em muitos locais, em consequência dos danos em infraestruturas.

No total, as Nações Unidas estimam que pelo menos 17,7 milhões de pessoas - mais de um quarto da população da Ucrânia -- necessitarão de ajuda humanitária nos próximos meses.

A nova estimativa representam mais dois milhões de pessoas que, segundo a coordenadora humanitária da ONU no país, Denise Brown, podem necessitar de ajuda quando o frio chegar.

"Tememos que seja ainda pior durante o inverno, pois é provável que mais pessoas se mudem de áreas onde não têm acesso a gás, combustível ou eletricidade para aquecer as suas casas", alertou Brown em comunicado.

Até agora, os doadores forneceram 2.380 milhões de dólares para fornecer assistência humanitária à Ucrânia, um apoio "sem precedentes", segundo a ONU, que incentivou a comunidade internacional a continuar a apoiar a população do país que enfrenta uma invasão russa.

Além disso, as Nações Unidas exigiram novamente, às partes em conflito, o acesso seguro e sem obstáculos para os trabalhadores humanitários.

"Desde o início da guerra, o acesso tem sido extremamente difícil em áreas fora do controlo do governo da Ucrânia", destacou Brown, que lembrou que as partes, de acordo com o direito internacional humanitário, têm a obrigação de garantir que o apoio possa ser dado a todos os civis necessitados.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 17 milhões de pessoas de suas casas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de dez milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU confirmou que 5.401 civis morreram e 7.466 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 166.º dia, sublinhando que os números reais deverão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Povo ucraniano envia mensagens a russos nas munições das armas

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