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Estado Islâmico reivindica atentado em Cabul que fez oito mortos

Oito pessoas morreram e 18 ficaram feridas esta sexta-feira num atentado à bomba num bairro xiita em Cabul, que foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI), divulgaram a polícia afegã e o grupo 'jihadista'.

Estado Islâmico reivindica atentado em Cabul que fez oito mortos
Notícias ao Minuto

21:33 - 05/08/22 por Lusa

Mundo Cabul

O ataque foi reivindicado, em comunicado, pelo grupo 'jihadista' EI, que já atingiu a comunidade xiita afegã em várias ocasiões.

A bomba foi colocada "num carrinho de mão cheio de legumes", numa movimentada rua comercial de um bairro xiita no oeste de Cabul, adiantou à agência France-Presse (AFP) o porta-voz da polícia de Cabul, Khalid Zadran.

O ataque ocorreu perto da celebração pelos xiitas da Ashura, na segunda-feira, um importante feriado religioso, quando os fiéis se reúnem em mesquitas e participam em procissões.

"As equipas de segurança estão a tentar encontrar os autores" do ataque, acrescentou Khalid Zadran, salientando que algumas pessoas feridas estão "em estado crítico".

Já os talibãs, no poder no Afeganistão há um ano, condenaram "veementemente este ato cobarde que é obra daqueles que são inimigos do Islão e do país", segundo apontou o porta-voz do governo, Zabihullah Mujahid, numa publicação na rede social Twitter.

A comunidade xiita, que é essencialmente Hazara e representa entre 10 e 20% da população afegã (cerca de 40 milhões de habitantes), é perseguida há muito tempo no país de maioria sunita.

O número de ataques caiu no Afeganistão desde que os talibãs assumiram o poder, mas uma série de ataques bombistas mortais, nos quais dezenas de pessoas foram mortas, atingiu o país no final de abril, durante o mês sagrado do Ramadão, e também no final de maio.

A maioria foi reivindicada pelo EI, que visa principalmente as minorias religiosas afegãs xiitas, sufis e siques. Em particular, este grupo terrorista considera a minoria xiita herética.

Os talibãs dizem ter derrotado o EI no país, mas analistas acreditam que o grupo extremista ainda é o principal desafio de segurança para o novo poder afegão.

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