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Myanmar? Comunidade internacional "não deve apoiar" eleições de 2023

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pediu hoje à comunidade internacional para não apoiar o plano da junta militar no poder em Myanmar de realizar eleições no próximo ano, considerando que serão uma farsa.

Myanmar? Comunidade internacional "não deve apoiar" eleições de 2023
Notícias ao Minuto

11:37 - 05/08/22 por Lusa

Mundo Antony Blinken

Os Estados Unidos "incentivam fortemente a comunidade internacional a não endossar os planos do regime [de Myanmar, antiga Birmânia] de realizar uma eleição simulada no próximo ano", disse Blinken em Phnom Penh, onde se vai encontrar hoje com representantes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

"Não pode haver eleições livres nem justas nas condições atuais", insistiu o chefe da diplomacia norte-americana.

As declarações de Antony Blinken foram feitas dois dias depois da visita do seu homólogo russo, Serguei Lavrov, a Naypydaw, onde desejou "sucesso" ao regime militar para as próximas eleições.

A visita de Lavrov, que se encontrou com o líder da junta birmanesa, Min Aung Hlaing, "vai contra a ASEAN", que está a tentar resolver a crise através de mediação, criticou o secretário de Estado norte-americano.

Os militares tomaram à força o poder em Myanmar em 01 de fevereiro de 2021 sob o pretexto de fraude nas eleições do ano anterior, que foram esmagadoramente vencidas pelo partido pró democracia de Aung San Suu Kyi.

Depois do golpe de Estado, a junta assegurou que organizaria novas eleições, estimando que só acontecessem em agosto de 2023, já que o país, que entrou num violento conflito civil, deveria primeiro ganhar "paz e estabilidade", disse Min Aung Hlaing.

A junta tem realizado uma repressão sangrenta contra os seus opositores, registando-se mais de 2.100 civis mortos e quase 15.000 presos, segundo uma organização humanitária local.

Myanmar está, no entanto, cada vez mais isolada no cenário internacional, sobretudo após a execução, no final de julho, de quatro reclusos condenados à morte, incluindo duas figuras da oposição pró democracia.

O país não aplicava a pena de morte há mais de 30 anos.

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