Austrália diz que manobras militares da China são "desproporcionais"
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália considerou hoje os exercícios militares que a China está a realizar desde quinta-feira em Taiwan "desproporcionais e desestabilizadores", admitindo estar "profundamente preocupada" com a escalada do conflito.
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Mundo Taiwan
"A Austrália partilha as preocupações da região sobre a escalada da atividade militar e, especialmente, sobre o risco de erro de cálculo", afirmou Penny Wong, apelando a contenção.
A ministra australiana adiantou ainda que o seu país "não quer nenhuma mudança no estatuto do Estreito de Taiwan" e garantiu que continua, tal como os Estados Unidos e a maioria dos países, a reconhecer apenas um Governo chinês, o de Pequim.
Penny Wong está atualmente em Phnom Penh para participar na cimeira dos países do leste asiático.
As forças armadas chinesas dispararam, desde quinta-feira, "múltiplos mísseis balísticos" nas águas que circundam a ilha de Taiwan, alguns dos quais caíram na zona económica exclusiva do Japão, numa operação de exercício que a China anunciou que irá durar até domingo.
As manobras militares surgem em resposta à visita, na terça-feira, da líder do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan, vista pela China como uma grave provocação.
Pequim reclama a soberania sobre a ilha e considera Taiwan uma província separatista desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para a ilha em 1949, depois de perderem a guerra civil contra os comunistas.
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