Libertado jornalista na RDCongo após três semanas de detenção
Um jornalista da República Democrática do Congo (RDCongo) foi hoje libertado após 22 dias de detenção incomunicável pela Agência Nacional de Inteligência (ANR, na sigla em francês), revelou fonte da União Nacional de Imprensa do país.
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Mundo RDCongo
Joseph Kazadi, que tinha sido detido em 13 de julho em Lubumbashi (sudeste da RDCongo) "foi libertado pela ANR hoje quinta-feira, após mais de 20 dias de detenção", disse Gaby Kuba, presidente da União Nacional da Imprensa do Congo (UNPC), citado pela AFP.
O jornalista não teve direito a visitas da sua família e dos seus advogados durante todo o período de detenção nas instalações da ANR onde alega "não ter sido torturado, apesar das difíceis condições de detenção", acrescentou Gaby Kuba.
"O jornalista foi questionado sobre as suas atividades como guia e intérprete de um camarada de profissão norte-americano e sobre as motivações que o levaram a assegurar o transporte para um encontro com um grupo armado", acrescentou Kuba.
O dirigente sindical adiantou que Kazadi prometeu à ANR não voltar a alugar a sua viatura para reuniões com grupos armados.
Joseph Kazadi e o norte-americano Stavros Nicholas Niarchos foram detidos em 13 de julho em Lubumbashi e depois transferidos para Kinshasa por agentes da ANR que suspeitavam que eles tinham tido um contacto não autorizado com grupos armados ativos naquela região mineira.
O jornalista americano foi libertado após seis dias de detenção.
A RDCongo ocupa este ano o 125.º lugar entre 180 países na lista de liberdade de imprensa elaborada pela organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
Nicolas Niarchos, de 33 anos, trabalha para as publicações The Nation e The New Yorker, enquanto Joseph Kazadi, de 43 anos, escreve para o jornal da RDCongo Le Leader.
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