Mykhailo Podolyak, o conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou, esta quinta-feira, a Amnistia Internacional de participar numa “campanha de desinformação e propaganda”. Em causa está o facto de o organismo ter alertado que as forças ucranianas põem em perigo a população civil quando estabelecem bases militares em zonas residenciais e lançam ataques a partir de áreas habitadas por civis.
“A única coisa que representa uma ameaça para os ucranianos é o exército russo de carrascos e violadores que chegaram à Ucrânia para cometer genocídio”, começou por afirmar Podolyak, na rede social Twitter.
O responsável frisou que as tropas ucranianas “protegem a sua nação e as suas família” e que “as vidas das pessoas são a prioridade para a Ucrânia, motivo pelo qual estão a retirar os residentes das cidades da linha da frente”.
Podolyak acusou ainda Moscovo de “tentar desacreditar as Forças Armadas da Ucrânia aos olhos das sociedades ocidentais e interromper o fornecimento de armas, utilizando todos os agentes de influência”.
“É uma vergonha que a Amnistia Internacional esteja a participar nesta campanha de desinformação e propaganda”, atirou.
Today, Moscow tries to discredit the Armed Forces of 🇺🇦 in the eyes of Western societies and disrupt weapons supply using the entire network of influence agents. It is a shame that the organization like @amnesty is participating in this disinformation and propaganda campaign. 2/2
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) August 4, 2022
Num comunicado divulgado hoje, a organização de direitos humanos ressalvou que a atuação das tropas ucranianas não justifica de modo algum os ataques indiscriminados da Rússia, que mataram mais de cinco mil civis, de acordo com as Nações Unidas.
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