A visita de Nancy Pelosi "constitui uma interferência grosseira nos assuntos internos da China, infringe seriamente a soberania e a integridade territorial da China, atropela desenfreadamente o princípio de 'Uma só China', ameaça grandemente a paz e a estabilidade através do Estreito de Taiwan, prejudica gravemente as relações China-EUA e leva a uma situação e consequências demasiado graves", lê-se num comunicado assinado por Liu Xianfa.
Na nota, com o título "Qualquer movimento provocativo para desafiar a linha vermelha da China está condenado ao fracasso", o comissário lembra que, na última conversa telefónica entre o Presidente chinês e o seu homólogo norte-americano, Joe Biden "assegurou que a política de 'Uma só China' dos EUA não mudou e não mudará, e que os EUA não apoiam a 'independência de Taiwan'". Também o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o conselheiro de Segurança Nacional de Washington, Jake Sullivan, deixaram "as mesmas promessas", nota Liu.
"Fiel à natureza dos políticos dos EUA, eles sempre dizem uma coisa e fazem outra", constata o responsável, sublinhando que o princípio 'Uma só China' "é um princípio fundamental afirmado na Resolução 2758 da Assembleia Geral das Nações Unidas e também a premissa sobre a qual a China estabeleceu relações diplomáticas com 181 países, incluindo os EUA".
"Ninguém deve subestimar a determinação firme, vontade forte e capacidade grande do povo chinês em defender a soberania nacional e a integridade territorial. Tendo provocado as tensões actuais, os EUA têm que arcar com todas as graves consequências daí decorrentes", continua o responsável.
Liu Xianfa conclui a nota dizendo que "aqueles que brincam com fogo perecerão com ele" e que "não há nenhuma força que possa impedir a China de alcançar a reunificação nacional entre Taiwan e o continente chinês".
Nancy Pelosi é a mais importante responsável norte-americana a visitar a ilha em 25 anos.
A China, que considera Taiwan parte do seu território, chamou à visita uma grande provocação e ameaçou os Estados Unidos de retaliação.
Os Estados Unidos já disseram estarem preparados para uma resposta da China.
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