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OMS pede fundos as necessidades de 80 milhões no Corno de África

A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou um apelo de financiamento de 123,7 milhões de dólares (121,4 milhões de euros) para acorrer a necessidades urgentes de mais de 80 milhões de pessoas na região do Corno de África.

OMS pede fundos as necessidades de 80 milhões no Corno de África
Notícias ao Minuto

11:52 - 03/08/22 por Lusa

Mundo OMS

"Estima-se que mais de 80 milhões de pessoas nos 7 países da região - Djibuti, Etiópia, Quénia, Somália, Sudão do Sul, Sudão e Uganda - estejam em situação de insegurança alimentar, com mais de 37,5 milhões de pessoas classificadas como estando na fase 3 do IPC (Integrated Food Security Phase Classification, índice de segurança alimentar), uma fase de crise em que as pessoas têm de vender os seus bens para se alimentarem a si próprias e às suas famílias, e onde a subnutrição é generalizada", escreve a OMS numa nota divulgada esta terça-feira.

Conflitos, alterações climáticas e a pandemia de covid-19 transformaram a região num foco de fome com consequências desastrosas para a saúde e a vida das populações.

"A fome é uma ameaça direta à saúde e à sobrevivência de milhões de pessoas no Corno de África, para além de enfraquecer as defesas do corpo e abrir as portas à doença", sublinha Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, citado na nota na organização.

"A OMS espera que a comunidade internacional apoie o nosso trabalho no terreno e a resposta a esta dupla ameaça, permitindo-nos fornecer tratamento a pessoas subnutridas, e defendê-las contra doenças infeciosas", acrescenta.

Os fundos pedidos serão destinados a medidas urgentes de proteção de vidas, incluindo o reforço da capacidade dos países da região de detetarem e responderem a surtos de doenças.

A OMS sublinha que seca prolongada que afeta a região está já a provocar mortes evitáveis entre crianças e mulheres durante o parto. Também há o registo de surtos de sarampo em 6 dos 7 países, num contexto de baixa cobertura vacinal. Os países estão simultaneamente a combater os surtos de cólera e meningite, uma vez que as condições de higiene se deterioraram, com a água limpa a tornar-se escassa.

"Assegurar que as pessoas tenham o suficiente para comer é fundamental. Assegurar que têm água potável é central. Mas em situações como estas, o acesso aos serviços básicos de saúde também é central", reforça Michael Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, citado na mesma nota.

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