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Crise energética agrava-se em Cuba e já abrange a capital Havana

A crise energética de Cuba conheceu na segunda-feira novos desenvolvimentos, com a inclusão da capital nas zonas com cortes programados.

Crise energética agrava-se em Cuba e já abrange a capital Havana
Notícias ao Minuto

06:21 - 02/08/22 por Lusa

Mundo Cuba

O governo cubano já admitiu que a situação energética na ilha não se vai resolver a curto prazo e reconheceu que o problema está a gerar uma forte irritação na sociedade.

"Dói-nos e desgosta-nos que a população tenha de passar por esta situação", disse o presidente, Miguel Díaz-Canel, no seu discurso mais recente no parlamento.

Desde março que os cortes de energia têm aumentado e nas últimas semanas registaram-se protestos em vários pontos, com os apagões como motivo.

Nos últimos quatro meses, a estatal Unión Eléctrica (UNE) fez cortes de energia em diversas áreas, quase diariamente.

A empresa anunciou que a sua capacidade de produção chega a ser inferior em 20% às necessidades.

Há locais que se viram privados de energia por períodos diários superiores a 10 horas por dia.

O problema energético preocupa o governo pela sua sensibilidade. Desde maio que a Presidência informado em todas as manhãs a disponibilidade existente de energia para esse dia.

O mal-estar provocado pelos apagões foi uma das razões que provocou os protestos contra o governo em 11 de julho do ano passado, que foram as maiores em mais de uma década, apontaram diferentes analistas.

Cuba atravessava então uma crise sanitária por causa da pandemia do novo coronavírus e outra económica, que ainda persiste, com falta de alimentos e medicamentos e uma forte inflação.

A isto somavam-se os cortes de energia, que impedem o uso do ar condicionado -- precisamente nos meses mais quentes do ano -, as cozinhas elétricas, as compras digitais e, se se prolongarem, acabam por afetar as comunicações móveis e os alimentos congelados.

"Quando ocorre um corte de energia, a vida começa a paralisar-se", o que afeta negativamente "o quadro de expectativas" das pessoas, disse a socióloga cubana Diosnara Ortega, diretora da Escola de Sociologia da Universidad Católica Silva Henríquez, no Chile, à agência Efe.

Os apagões suscitaram protestos nas últimas semanas, em diferentes locais do país, reproduzidos em vídeos distribuídos nas redes sociais.

Os mais recentes ocorreram na segunda-feira, em Santiago de Cuba, a segunda cidade do país, do qual já foi a capital.

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