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Tribos rivais do Sudão assinam acordo de paz após confrontos violentos

Duas tribos sudanesas em conflito assinam nos próximos dias um acordo de paz, após um novo e sangrento surto de violência em meados do mês ter provocado pelo menos 130 mortos e centenas de feridos, anunciou hoje fonte militar.

Tribos rivais do Sudão assinam acordo de paz após confrontos violentos
Notícias ao Minuto

18:13 - 29/07/22 por Lusa

Mundo Sudão

"Fizemos grandes progressos na questão da reconciliação no estado do Nilo Azul. Dentro de 48 ou 72 horas a paz será assinada e o prestígio do Estado será imposto", disse o vice-presidente do Conselho Soberano do Sudão e número dois do Exército, Mohamed Hamdan Dagalo, em declarações à rádio oficial do Sudão, Sudania.

Nesse sentido, Dagalo alertou as tribos Hausa e Berta que não vão a Cartum "apenas para assinar" e recordou que os dois clãs permanecerão "responsáveis ??por qualquer incidente" causado pelos seus membros.

Os militares também atacaram os manifestantes que nas últimas semanas realizaram protestos em Cartum, nos quais denunciaram que pessoas influentes no estado causaram a violência na região do Nilo Azul para fins políticos.

Segundo Dagalo, as acusações "minam o prestígio do Estado".

Em meados deste mês, um novo surto de violência tribal eclodiu entre os Hausa e os Berta no sudeste do Sudão, provocando cerca de 130 mortos e centenas de feridos, segundo as autoridades sanitárias do Nilo Azul.

Os confrontos sangrentos começaram após a morte de um agricultor em circunstâncias ainda pouco claras e como resultado de disputas entre os Hausa e os Berta sobre questões relacionadas com a liderança do governo na região do Nilo Azul.

Confrontos violentos entre as múltiplas tribos que coabitam o Sudão são comuns, embora essas explosões tenham aumentado nos últimos meses devido à grave crise económica e política, esta última causada por um golpe militar em outubro passado que interrompeu um processo de transição democrática iniciado em 2019.

Leia Também: Rebeldes atacam coluna militar no Sudão do Sul e matam 15 soldados

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