Brasil resgatou 337 trabalhadores de condições análogas à escravidão

As autoridades do Brasil resgataram 337 trabalhadores que viviam em condições análogas à escravidão em julho, segundo um balanço divulgado hoje pela Procuradoria-Geral da República (PGR) do país.

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Lusa
28/07/2022 21:04 ‧ 28/07/2022 por Lusa

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Os dados fazem parte da Operação Resgates, que reuniu seis órgãos públicos com foco no combate ao trabalho análogo a escravidão e o tráfico de pessoas, que começou no dia 4 de julho e ainda está a decorrer.

Os estados brasileiros de Goiás e Minas Gerais registaram mais pessoas resgatadas na operação e as atividades económicas com maior quantidade de resgate no meio rural foram serviços de colheita em geral, cultivo de café e criação de bovinos para corte.

"No meio urbano, chamaram a atenção os resgates ocorridos numa clínica de reabilitação de dependentes químicos e os casos de trabalho doméstico. Seis trabalhadoras domésticas foram resgatadas em cinco estados", informou a PGR.

Foram resgatadas, ainda, de condições análogas à escravidão, cinco crianças e adolescentes e quatro migrantes de nacionalidade paraguaia e venezuelana. Pelo menos 149 dos resgatados foram também vítimas de tráfico de pessoas.

"Os empregadores flagrados submetendo trabalhadores a essas condições foram notificados a interromper as atividades e formalizar o vínculo empregatício dessas pessoas, bem como a pagar as verbas salariais e rescisórias devidas aos trabalhadores - que somaram mais de 3,8 milhões de reais [718 mil euros]. Além disso, podem ser responsabilizados por danos morais individuais e coletivos, multas administrativas e ações criminais", frisou o balanço da PGR brasileira.

O balanço divulgado pelo órgão brasileiro antecede o Dia Mundial Contra o Tráfico de Pessoas, celebrado em 30 de julho, e que foi instituído em 2013 pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) a fim de "criar maior consciência da situação das vítimas do tráfico de seres humanos e promover e proteger os seus direitos".

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