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Protestos na Nigéria após recusa de moção de censura contra presidente

Mais de 20 senadores nigerianos de todo o espetro político protestaram após o presidente do Senado, Ahmed Lawan, ter rejeitado a admissão de uma moção de censura ao Presidente Muhammadu Buhari, relacionada com a crescente insegurança no país.

Protestos na Nigéria após recusa de moção de censura contra presidente
Notícias ao Minuto

20:46 - 27/07/22 por Lusa

Mundo Nigéria

Liderados pelo líder da minoria no Senado, Philip Aduda, os senadores organizaram uma saída conjunta da Câmara para se dirigir à imprensa enquanto gritavam "Buhari deve partir", segundo o jornal The Guardian.

Posteriormente, Aduda disse aos jornalistas que o Senado decidiu, em sessão à porta fechada, dar ao Presidente um prazo de seis meses para resolver a situação de insegurança no país ou, caso contrário, seria encontrada "uma saída" para ele.

"Na sessão à porta fechada, concordámos que devemos dar ao Presidente um prazo e, no caso de não cumprir as nossas resoluções sobre como lidar com a insegurança em seis semanas, iniciaremos um processo de 'impeachment' [destituição] contra ele", acrescentou, observando que aguardam por um "ponto de ordem" para discutir o assunto na Câmara, segundo o jornal The Premium Times.

No entanto, como escreveu a agência de notícias Bloomberg, os senadores não têm a maioria de dois terços necessária para realizar um processo de destituição contra Buhari, que enfrenta uma crise de governo devido à ação de redes terroristas e crime organizado no país, muitas dos quais vivem do sequestro de estudantes.

A crescente insegurança em diferentes partes do país obrigou ao encerramento de escolas com "efeito imediato" depois de um vídeo que circulou nas redes sociais mostrar alegados membros do grupo fundamentalista islâmico Boko Haram a ameaçar sequestrar o Presidente da República e o governador do estado de Kaduna, Nasir Ahmad al Rufai.

Na terça-feira, o governador do estado de Kogi, Yahaya Bello, confirmou um ataque à guarda presidencial na capital da Nigéria, Abuja, na noite de sexta-feira, no qual oito pessoas foram mortas e três soldados ficaram feridos.

Na segunda-feira, também foram registados protestos junto do Ministério dos Transportes, em Abuja, para denunciar a situação das pessoas sequestradas - que apareceram no vídeo viral mencionado a serem espancadas - após o ataque a um comboio que ligava Abuja e a cidade de Kaduna, norte do país.

O ataque ocorreu entre as cidades de Katari e Rijana, onde um dispositivo colocado na pista para forçar o comboio a parar explodiu, após o que um grupo de homens armados não identificados disparou contra as composições e tentou entrar neles.

O comboio que liga Abuja e Kaduna é considerado um meio de transporte mais seguro do que as estradas que levam a este estado, abalado há anos por ataques de grupos fundamentalistas islâmicos bandos de crime organizado que aumentaram as suas operações nos últimos meses.

Os ataques na Nigéria, anteriormente focados no nordeste do país - onde o Boko Haram e uma cisão surgida a partir deste movimento em 2916, o grupo fundamentalista Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap, no acrónimo em inglês) operam -- espalharam-se nos últimos meses para outras áreas do norte e noroeste.

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