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Homem condenado a mais de cinco anos por agredir polícias no Capitólio

Mark Ponder recebeu uma das duas maiores sentenças aplicadas a manifestantes pró-Trump que atacaram o edifício do Congresso, com o objetivo de reverter os resultados das presidenciais de 2020.

Homem condenado a mais de cinco anos por agredir polícias no Capitólio
Notícias ao Minuto

09:42 - 27/07/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Ataque ao Capitólio

Os julgamentos na sequência do ataque ao Capitólio norte-americano, no dia 6 de janeiro de 2021, continuam, e Mark Ponder foi o mais recente manifestante a ser condenado pela justiça americana. Na terça-feira, uma juíza condenou Ponder a cinco anos e três meses na prisão, uma das duas maiores sentenças aplicadas a manifestantes detidos durante ou na sequência do ataque.

No total, mais de 840 pessoas foram acusadas de crimes devido às suas ações no Capitólio, e mais de 200 foram condenados - e 100 dessas pessoas teve ou terá de cumprir uma pena de prisão.

Mark Ponder foi condenado por atacar um polícia com um poste, destruindo o escudo protetor do agente. O homem agarrou num novo poste e atacou mais dois polícias antes de ser detido, mas as autoridades não tinham meios para reter Ponder e soltaram-no - mas em vez de não voltar ao Capitólio, Ponder regressou e juntou-se ao seio da violência.

A pena de Ponder foi agravada porque o manifestante já tinha um vasto currículo criminal, ao longo de 30 anos, que inclui um assalto a um banco em 2008. A sentença é equivalente à de Robert Palmer, outro manifestante que agrediu agentes da polícia do Capitólio e foi condenado a cumprir uma pena de 63 meses.

Segundo a defesa de Mark Ponder, de 56 anos, natural de Washington D.C., a capital dos Estados Unidos, o condenado foi "apanhado" no caos do ataque - um ataque que continua a ser investigado por uma comissão parlamentar, devido ao papel do antigo presidente, Donald Trump, em incitar uma multidão a invadir o edifício do Congresso e a impedir a certificação dos votos das eleições presidenciais.

Mas a juíza contestou a versão da defesa, afirmando que o homem "liderou a carga" violenta contra a polícia e que "tinha intenção em atacar e magoar agentes". "Isto não era um protesto", disse a juíza Tanya Chutkan, que tem aplicado penas pesadas aos 13 manifestantes que passaram pela sua sala de audiências.

O ataque ao Capitólio surgiu depois de um discurso inflamado de Donald Trump em frente à Casa Branca, no qual o antigo presidente repetiu a mentira de que a eleição de 2020, que deu a vitória a Joe Biden, fora roubada - apesar de todas as entidades oficiais terem vincado que nenhum incidente de fraude eleitoral em larga escala ficou provado.

A invasão continua a ser um motivo de grande discórdia política entre democratas e republicanos, com os segundos, muitos dos quais ainda apoiam Trump, a negarem a violência do dia.

No total, morreram quase dez pessoas, incluindo alguns agentes que se suicidaram nos meses seguintes. Mais de 100 polícias ficaram feridos.

Recentemente, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou que ia investigar o papel de Trump no ataque, devido às várias revelações da comissão parlamentar sobre os esquemas, planos e tentativas do antigo presidente e dos seus advogados de falsificar votos, reverter resultados e incitar à fraude e à violência para se manter no poder.

Leia Também: Discurso de Trump após Capitólio tinha palavras que foram censuradas

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