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Itália abre corredor humanitário para 300 refugiados afegãos

O primeiro de cerca de 300 refugiados afegãos chegou hoje a Roma integrado num novo corredor humanitário criado pelo Governo italiano, instituições de solidariedade e organizações internacionais, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Itália.

Itália abre corredor humanitário para 300 refugiados afegãos
Notícias ao Minuto

23:43 - 25/07/22 por Lusa

Mundo Refugiados

O corredor humanitário visa dar a "mais afegãos refugiados e perseguidos a possibilidade de um futuro com dignidade e segurança", na sequência da retirada dos EUA em agosto passado e da retoma do controlo do país por parte dos talibãs, acrescentou o ministério.

Milhares de cidadãos afegãos foram retirados do país após a queda de Cabul, mas muitos dos que arriscaram a retaliação dos talibãs foram deixados para trás.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros disse que o corredor, que prevê a deslocação de 1200 refugiados afegãos do Irão, Paquistão e outros países vizinhos, dará prioridade às mulheres e crianças.

Os primeiros nove refugiados afegãos chegaram num voo proveniente de Teerão. Outros 200 vão voar de Islamabad na quarta-feira, com um terceiro grupo a chegar de Teerão na quinta-feira.

Ao mesmo tempo, o número de refugiados afegãos que utilizam rotas de contrabando está a aumentar, com cerca de 3280 a chegar a Itália por mar este ano, de acordo com a agência das Nações Unidas para os refugiados.

A Organização Internacional para as Migrações disse que os afegãos são a principal nacionalidade a ousar a perigosa travessia do Mar Mediterrâneo central para as costas europeias, com 8121 chegadas até à última sexta-feira.

Ambas as organizações estiveram envolvidas nas operações da criação do corredor humanitário, em articulação com o Governo italiano e instituições de solidariedade, como a Comunidade de Sant'Egidio e a Cáritas.

Itália tentou durante vários anos organizar corredores humanitários para que as pessoas que fugissem de conflitos, perseguições ou outras situações graves tivessem uma alternativa ao contrabando de traficantes de seres humanos, mas o número dos que conseguem chegar a outros países através destes corredores é reduzido, em comparação com as dezenas de milhares de pessoas que recorrem aos contrabandistas para chegar à Europa.

Na Sicília, as autoridades italianas, incluindo a polícia fronteiriça, detiveram para investigação de suspeitas de contrabando cinco egípcios que se encontravam entre os 674 sobreviventes a bordo de um barco de pesca sobrelotado resgatado na semana passada ao largo do sul de Itália, adiantou hoje a agência noticiosa italiana ANSA.

Os socorristas encontraram cinco corpos a bordo do barco de pesca. Os que morreram sofreram de desidratação e calor excessivo, pormenorizou a ANSA. Muitos dos migrantes resgatados foram transferidos no domingo para Messina.

Alguns sobreviventes disseram às autoridades que os contrabandistas os espancaram com tacos e cintos durante a viagem marítima e racionaram a água potável no barco, segundo a ANSA.

No total, as autoridades italianas e os navios de ajuda humanitária relataram ter resgatado mais de 1100 pessoas no Mar Mediterrâneo no último fim de semana.

De acordo com o Ministério do Interior de Itália, mais de 34 mil pessoas chegaram à costa do país desde o princípio do ano, enquanto no ano passado, em igual período, desembarcaram em Itália 25 mil pessoas.  

Leia Também: Migrantes encontrados em barco ao largo de Itália morreram de sede

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