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Grupo terrorista Katiba Macina reivindica ataque nos arredores de Bamako

O grupo terrorista Katiba Macina, afiliado da Al-Qaida, reivindicou hoje a responsabilidade pelo atentado suicida de sexta-feira no Mali, visando a principal base militar do país, na periferia da capital, que fez pelo menos um mor to.

Grupo terrorista Katiba Macina reivindica ataque nos arredores de Bamako
Notícias ao Minuto

20:00 - 23/07/22 por Lusa

Mundo Mali

Na sexta-feira, "uma brigada de 'mujahedin' realizou uma operação abençoada contra o exército maliano, o injusto assassino de inocentes, no local mais notório da capital, Bamako, perto do quartel-general do presidente e do Ministério da Defesa", lê-se na declaração, que argumenta que "se [o Governo] tem o direito de contratar mercenários para matar inocentes indefesos, então temos o direito de o destruir e visar".

A declaração da Frente de Libertação do Macina (FLM) foi confirmada pela organização não-governamental SITE, especializada na monitorização de grupos radicais, de acordo com a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).

O exército do Mali intensificou as suas operações contra os terroristas nos últimos meses, confiando no que afirma serem instrutores russos, que são, na verdade, paramilitares do grupo privado de segurança russo Wagner, que estão presentes no Mali desde o início de 2021, de acordo com diplomatas ocidentais.

O exército do Mali já tinha atribuído o ataque com duas bombas de camião aos 'jihadistas' de Katiba Macina na sexta-feira, que matou pelo menos um soldado maliano e feriu outros seis, incluindo um civil, enquanto sete atacantes foram "neutralizados" e outros oito foram presos.

Kati é o coração do aparelho militar do Mali e está perto da casa do líder da junta governante, Assimi Goita, e do seu poderoso ministro da defesa, o coronel Sadio Camara.

De acordo com informações divulgadas pelo portal de notícias maliano Malijet, as explosões na base de Kati levaram a um tiroteio, havendo relatos de que o líder da junta e presidente transitório, Assimi Goita, foi transferido do local para Bamako, por comboio.

Goita liderou a revolta de agosto de 2020 contra o então presidente Ibrahim Boubacar Keita e, subsequentemente liderou um segundo golpe de Estado em maio de 2021 contra as autoridades de transição do Mali, altura em que derrubou o presidente e primeiro-ministro, Bah Ndaw e Moctar Ouane, e tomou o poder.

As relações entre Bamako e a comunidade internacional têm sido tensas desde então, em parte devido a atrasos nos prazos eleitorais originalmente anunciados e ao destacamento de mercenários russos do grupo Wagner para lidar com a ameaça 'jihadista', o que levou à retirada das tropas ocidentais.

O Mali, tal como outros países do Sahel, tem assistido nos últimos anos a um número crescente de ataques rebeldes, tanto da filial da Al-Qaida na região, como do Estado Islâmico, o que também levou a um aumento da violência intercomunal e à deslocação de dezenas de milhares de pessoas.

Leia Também: Presidente da Costa do Marfim garante que não quer desestabilizar Bamako

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