Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 19º

Presidente cubano pede "paciência" à população contra cortes de energia

O Presidente cubano Miguel Díaz-Canel pediu "compreensão" e "paciência" à população, perante manifestações em várias localidades, alegando que não há solução "imediata" para os cortes de eletricidade na ilha.

Presidente cubano pede "paciência" à população contra cortes de energia
Notícias ao Minuto

06:28 - 23/07/22 por Lusa

Mundo Cuba

Segundo imprensa independente, protestos ocorreram esta semana em Jagüey Grande, no oeste de Cuba, e no centro do país, em Sagua la Grande e Caibarien, contra as falhas diárias de energia.

Já em meados de julho, dezenas de moradores de Los Palacios, no oeste de Cuba, se tinham manifestado, batendo em panelas, confirmaram na altura as autoridades locais. Vídeos circularam nas redes sociais mostrando o protesto.

Cuba tem enfrentado dificuldades na geração e distribuição de eletricidade desde maio, com cortes de energia a ocorrer diariamente em vários pontos da ilha. Várias centrais não estão em funcionamento ou encontram-se em manutenção.

"Há pessoas que, para expressar o seu desconforto e a sua incompreensão, que são legítimas porque estão a passar por uma situação difícil, batem em panelas, gritam palavras de ordem contra os líderes", disse Díaz-Canel, na sexta-feira.

"Alguns aproveitam para dizer palavras de ordem contra a revolução" e "outros participam de atos de vandalismo e atiram pedras, quebram janelas", acrescentou o Presidente cubano, durante uma sessão ordinária da Assembleia Nacional cubana dedicada à "situação extremamente complexa" pela qual passa o país.

"Aqueles que assim agem (...) atendem às expectativas de quem quer a contrarrevolução e o que querem aqueles que nos mantêm bloqueados", acrescentou Diaz-Canel, aludindo aos Estados Unidos.

"Pedimos compreensão ao povo", disse o Presidente cubano, sublinhando que o país tem atualmente uma "capacidade de produção de eletricidade menor" do que a procura, que atingiu um nível "recorde" devido ao calor dos últimos dias.

Cuba atravessa a pior crise económica desde há 30 anos, com crescente escassez de alimentos, medicamentos e combustíveis.

As manifestações de insatisfação com as autoridades são muito raras em Cuba e ainda mais desde os protestos de 11 de julho de 2021, quando milhares de cubanos saíram às ruas em 50 cidades, gritando "Liberdade" e "Nós temos fome".

Estes protestos, inéditos desde a revolução de 1959, causaram um morto e dezenas de feridos, com mais 1.300 pessoas detidas, segundo a organização não-governamental Cubalex, sedeada em Miami, nos EUA:

Segundo o governo, 790 manifestantes foram acusados, dos quais 488 já foram condenados, alguns com penas até 25 anos de prisão.

Leia Também: Inflação em Cuba ficou nos 13,4% no primeiro semestre segundo o governo

Recomendados para si

;
Campo obrigatório