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Regulador nuclear prova despejo de água contaminada de Fukushima no mar

A Comissão Regulatória da Energia Atómica do Japão aprovou hoje o despejo de água da central nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico quase 11 anos depois do desastre provocado por um terremoto e maremoto.

Regulador nuclear prova despejo de água contaminada de Fukushima no mar
Notícias ao Minuto

13:48 - 22/07/22 por Lusa

Mundo Fukushima

O Governo indicou que a água utilizada para esfriar os reatores depois do desastre nuclear de 2011 encontra-se agora armazenada em grandes tanques na central, equivalendo a quase 1,3 milhões de toneladas.

As autoridades competentes consideram ser agora seguro libertar a água, embora esta ainda tenha pequenos vestígios de trítio -- um isótopo natural de hidrogénio --, depois de ser tratada.

Antes da operação, a Tokyo Power Company (Tepco) terá também de se submeter a inspeções adicionais por parte dos reguladores, de acordo com a agência noticiosa japonesa Kiodo.

O plano será filtrar a água contaminada para remover os isótopos perigosos e depois libertá-la no mar.

A iniciativa foi alvo de críticas e resistência por parte dos sindicatos de pescadores da região, que receiam o seu impacto no oceano e na sua atividade, além de levantar preocupações na China, Coreia do Sul e em Taiwan. 

O acidente nuclear, que ocorreu a 11 de março de 2011 depois de um intenso terramoto de 9 graus na escala de Richter, matou quase 18 mil pessoas e pôs em causa a segurança do uso da energia nuclear.

Embora o sistema de segurança da central tenha reagido adequadamente depois do terramoto -- ao contrário do que aconteceu em Chernobyl em 1986 -, ondas de cerca de 15 metros de altura atingiram a central e causaram inundações que levaram a 3 derretimentos nucleares e à libertação de grandes quantidades de contaminação radioativa.

Os cientistas continuam até hoje a encontrar novas partículas que podem ser altamente perigosas para a população e que terão sido libertadas aquando do colapso de um dos reatores da central de Daiichi.

Leia Também: Japão alerta para crescentes ameaças à sua segurança pela Rússia e China

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