EUA. Polícia alvejou rapaz de 13 anos por confundir telemóvel com arma

Jovem está paralisado da cintura para baixo. "Se tudo o que é preciso para justificar um tiro é que alguém fuja da polícia, temos problemas sérios nesta cidade e neste país", questionou advogado da família da vítima.

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Beatriz Maio
21/07/2022 14:28 ‧ 21/07/2022 por Beatriz Maio

Mundo

EUA

Foi agora divulgado o vídeo, gravado através da câmara corporal de um polícia de Chicago, nos Estados Unidos da América (EUA), onde se vê um dos seus colegas, Noah Ball, a balear um rapaz de 13 anos desarmado.

No vídeo, é possível ver agentes a perseguir o adolescente momentos antes do disparo, numa bomba de gasolina. De acordo com o Departamento de Polícia de Chicago (CPD), o adolescente estava num veículo suspeito de ter sido roubado e fugiu das autoridades no bairro de Austin.

Os advogados do adolescente e algumas testemunhas disseram que ele estava desarmado e tinha as mãos no ar antes de terem sido disparados três tiros, avança o ABC 7 Chicago.

Segundo as autoridades, não foi encontrada nenhuma arma no local. Porém, a CNN relata que o advogado de Noah Ball disse que ele acreditava que o suspeito estava a apontar uma arma, que na verdade era um telemóvel, e tomou a decisão de disparar em segundos.

Nas imagens é ainda possível ver os agentes a arrastar o corpo do rapaz para longe do local onde ocorreu o tiroteio, o que segundo a polícia foi feito porque "podia haver uma explosão".

A família apresentou uma ação judicial federal contra a cidade, sendo que, no processo, refere que o rapaz foi alvejado nas costas, enquanto que responsável do departamento de polícia, David Brown, afirmou que ele estava de frente. 

O advogado da família explicou ainda que o menino estava a tentar render-se e que a perseguição não deveria ter acontecido. "Se tudo o que é preciso para justificar um tiro é que alguém fuja da polícia, temos problemas sérios nesta cidade e neste país", comentou, questionando: "Não houve acusações contra o rapaz, estava num veículo roubado e fugiu. E será que isso justifica ser atingido pelas costas e paralisado da cintura para baixo?".

O agente que disparou os tiros tinha a câmara corporal desligada, apenas havendo registo de 40 segundos após o tiroteio. Enquanto se aguarda o resultado da investigação por parte do Gabinete Civil de Responsabilização da Polícia, o polícia que disparou foi destituído das suas funções.

Leia Também: EUA. Polícia pede ajuda para encontrar homicidas e oferece recompensa

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