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Norte-coreanos poderão ser enviados para reconstruir o Donbass

Há "muitas oportunidades" de cooperação económica entre a Coreia do Norte e as autoproclamadas repúblicas da região de Donbass, diz embaixador.

Norte-coreanos poderão ser enviados para reconstruir o Donbass

A Coreia do Norte poderá enviar trabalhadores para os dois territórios controlados pela Rússia no leste da Ucrânia, de acordo com o embaixador da Rússia em Pyongyang. Esta medida representa um desafio às sanções internacionais contra o programa de armas nucleares do Norte.

De acordo com o NK News, um meio com sede em Seul, o embaixador Alexander Matsegora revela que os trabalhadores norte-coreanos podem ajudar a reconstruir a infraestrutura destruída pela guerra nas autoproclamadas repúblicas populares em Donetsk e Lugansk.

Para o embaixador existem “muitas oportunidades” de cooperação económica entre a Coreia do Norte e as autoproclamadas repúblicas da região de Donbass, apesar das sanções da ONU.

Numa entrevista ao jornal russo Izvestia, citada pelo NK News, o embaixador sublinha que “construtores coreanos altamente qualificados e trabalhadores, capazes de trabalhar nas condições mais difíceis, poderiam ajudar-nos a restaurar as nossas instalações sociais, de infraestrutura e industriais”.

Além disso, disse ainda que muitas fábricas e centrais de energia norte-coreanas construídas pela União Soviética poderiam beneficiar de equipamentos “fabricados pelas centrais de engenharia pesada de Slavyansk e Kramatorsk” e outras instalações na região de Donbass.

“Os nossos parceiros coreanos estão interessados ​​em comprar peças de reposição e unidades fabricadas no Donbass e reconstruir as suas instalações de produção”, conta o responsável.

A realizar-se uma situação como esta, a Coreia do Norte irá contra as sanções da ONU que proibiram o país de comprar máquinas industriais, equipamentos eletrónicos, ferramentas, peças de reposição e outros itens desde dezembro de 2017.

No entanto, pode ser possível que os dois países comecem a negociar mercadorias, segundo Matsegora.

“Por exemplo, o clínquer de magnesita coreano [mineral utilizado nomeadamente no cimento] foi um dos principais produtos importados pela União Soviética via porto marítimo de Mariupol (Zhadanov)”, aponta Matsegora. “Esse produto foi utilizado como material refratário em altos-fornos em todas as metalúrgicas da região”, refere.

Em troca, a União Soviética costumava exportar itens de Donetsk para a Coreia do Norte, como “carvão metalúrgico e trigo cultivados na região sudeste da República Socialista Soviética da Ucrânia”.

Admitindo que tal comércio seria difícil devido a sanções internacionais, Matsegora revela que o desenvolvimento de relações económicas entre as republicas  e a Coreia do Norte é “absolutamente justificado”.

Estes comentários acontecem dias depois da Coreia do Norte se tornar um dos poucos países a reconhecer as duas autoproclamas repúblicas, acusando o governo ucraniano de fazer parte da postura "hostil" de Washington em relação a Pyongyang.

Em resposta, a Ucrânia cortou relações diplomáticas com a Coreia do Norte e acusou-a de minar a soberania e a integridade territorial do país.

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