Países mais pobres enfrentam um iminente "tsunami económico"
O presidente do Centro para o Desenvolvimento Global (CGD) e a secretária executiva da Comissão Económica da ONU Para África (UNECA) alertaram hoje que "um tsunami económico" está prestes a atingir os países em desenvolvimento, principalmente em África.
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Mundo Peritos
"Um tsunami económico está prestes a engolir o mundo em desenvolvimento e muitos países pobres simplesmente não estão preparados para lidar com as consequências económicas, sociais e políticas", alertam Masood Ahmed e Vera Swonge, num artigo de opinião publicado nas páginas do CDG e da UNECA.
"Quando a vida quotidiana é perturbada por falta de medicamentos e de combustível, o fornecimento de energia é desligado porque um quilowatt custa mais do que os consumidores podem pagar, e o preço da comida consome muito do magro rendimento familiar, qualquer fagulha pode desencadear um fogo de descontentamento", escrevem os autores, apontando para o exemplo do Sri Lanka.
"Os líderes do G20 não podem afastar a tempestade, mas podem ajudar os países mais pobres a preparem-se melhor para a enfrentar", defendem, apontando várias coisas que os líderes das vinte nações mais industrializadas podem fazer.
Entre elas está o financiamento do Programa Alimentar Mundial, a garantia imediata de liquidez através do adiamento dos pagamentos da dívida e a atribuição de empréstimos concessionais, além de uma nova arquitetura mundial financeira e a garantia de acesso a cereais da Rússia e da Ucrânia.
"O G20 agiu rápida e decisivamente durante a crise da pandemia de covid-19; hoje, os países mais pobres estão confrontados com um desafio que é maior, mais prejudicial e cujo potencial de deixar cicatrizes é imenso", concluem.
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