O britânico John Harding, que foi capturado pelas forças russas, em maio, pediu ajuda a Boris Johnson depois de ser informado que poderia ser condenado à morte.
Segundo o canal britânico SkyNews, Harding, com cerca de 50 anos e originalmente de Sunderland, no Reino Unido, foi capturado enquanto lutava com o Batalhão Azov, como parte da Guarda Nacional Ucraniana, na cidade de Mariupol, em maio.
Num vídeo partilhado na rede social Telegram pela jornalista russa Kim Marina, esta sexta-feira, Harding diz: "Eu diria a Boris Johnson, se puder ajudar, se puder influenciar o presidente Zelensky, se puder influenciar o presidente da República Popular Donetsk (RPD), ou se poder influenciar o presidente Putin, então, por favor, faça-o".
Acrescenta ainda que "a vida das pessoas depende disso. Porque senão eu enfrento a pena de morte, e os meus amigos enfrentam a pena de morte".
Os amigos e familiares de Harding confirmaram à BBC que é ele no vídeo, e estão neste momento a ser apoiados pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido.
O militar lutava na região do Donbass, no leste da Ucrânia, desde 2018, antes de ser capturado.
Mais à frente no vídeo, Marina pergunta a Harding quais seriam suas últimas palavras para sua filha Katherine se ele fosse condenado à morte e este responde: "Obviamente, eu diria que gostaria de ter passado mais tempo com ela, mas não o fiz. Eu realmente não sei".
A jornalista escreve na publicação que acompanha o vídeo que as imagens serão apresentadas num documentário que ela fez chamado 'Nazi Punishers' e acrescenta que "dois britânicos já foram condenados à morte".
Os restantes britânicos também condenados à morte, no mês passado, são Aiden Aslin, e Shaun Pinner, ambos capturados em Mariupol.
Leia Também: Britânicos e marroquino que lutaram pela Ucrânia condenados à morte